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Economia

Exportação estadual de industrializados inicia 2017 com alta de 7%

No grupo “Açúcar e Etanol” a receita de exportação de janeiro de 2017 alcançou o equivalente a US$ 56,8 milhões, aumento de 172% sobre o mesmo mês do ano passado

Daniel Pedra

15 de Fevereiro de 2017 - 16:04

A receita com as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul iniciou 2017 com crescimento de 7% no mês de janeiro em relação ao mesmo período do ano passado, aumentando de US$ 243,5 milhões para US$ 261,4 milhões, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems.

Quanto ao volume exportado, na comparação mensal, as exportações de industrializados tiveram redução de 2%, caindo de 729,8 mil toneladas em janeiro de 2016 para 714,6 mil toneladas em janeiro deste ano.

Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, ainda em janeiro, a participação relativa dos produtos industrializados na pauta geral de exportações de Mato Grosso do Sul respondeu por 89% de toda a receita. “Os principais destaques ficaram por conta dos grupos Celulose e Papel, Complexo Frigorífico, Açúcar e Etanol, Extrativo Mineral e Óleos Vegetais, que, somados, representaram 97,4% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de produtos industriais ao exterior”, citou.

Desempenho

Em janeiro de 2017, as exportações do grupo “Celulose e Papel” somaram US$ 98,7 milhões, apontando queda de 7% sobre o mesmo mês de 2016, quando as vendas atingiram US$ 106,4 milhões. A redução observada se deu pela diminuição no preço médio da tonelada, comercializada em janeiro de 2017 por R$ 410,00 contra R$ 537,37 no ano de 2016, sendo que em relação ao volume foram vendidas 240,4 mil toneladas em janeiro deste ano contra 197,9 mil toneladas em janeiro de 2016, tendo como principais compradores até o momento China, Itália, Holanda, Estados Unidos e França.

No “Complexo Frigorífico”, a receita de exportação de janeiro 2017 alcançou o equivalente a US$ 74,8 milhões, sinalizando aumento de 37% sobre o mesmo mês de 2016, quando o total ficou em US$ 54,8 milhões. O aumento observado se deu principalmente por conta do aumento das compras em importantes mercados para as carnes de Mato Grosso do Sul, com destaque para Hong Kong, Arábia Saudita, Chile, Rússia, China, Emirado Árabes, Irã e Japão, que, somados, apresentaram aumento de US$ 17,9 milhões.

Outros grupos

No grupo “Açúcar e Etanol” a receita de exportação de janeiro de 2017 alcançou o equivalente a US$ 56,8 milhões, aumento de 172% sobre o mesmo mês do ano passado. Resultado dos aumentos no volume comercializado e preço médio da tonelada do açúcar de cana, único produto do grupo com registro de vendas ao exterior no mês de janeiro.

Vale destacar a comercialização com a Estônia, Geórgia, Arábia Saudita e Iêmen, países que não apareciam como destino das exportações do grupo no mesmo mês do ano passado, representando 25,3% da receita do grupo no mês analisado.

No grupo “Extrativo Mineral”, a receita de exportação de janeiro de 2017 alcançou o equivalente a US$ 15,7 milhões, indicando aumento de 101% sobre o mesmo mês de 2016, quando as vendas foram de US$ 7,8 milhões. Resultado fortemente influenciado pela alta de 292% no preço médio da tonelada do minério de manganês, cabendo ressaltar que a participação do minério de manganês, no mês analisado, representou 57% da receita total do grupo, contra 43% do minério de ferro, sendo a primeira vez que o manganês supera a receita do minério de ferro nas exportações do grupo.

Mais grupos

Já no grupo “Couros e Peles” a receita de exportação de janeiro de 2017 alcançou US$ 6,4 milhões, indicando redução de 32% sobre o mesmo mês de 2016, quando a receita foi de 9,4 milhões. Quanto ao volume, foram exportadas 2,4 mil toneladas, número 35% menor na comparação com o mesmo mês de 2016, quando foram comercializadas 3,7 mil toneladas, sendo que os principais compradores até o momento são China, Itália e Vietnã.

Em relação ao grupo “Óleos Vegetais” o mês de janeiro de 2017 fechou com receita equivalente a US$ 2,2 milhões, indicando queda de 95% sobre o mesmo mês de 2016, quando as vendas foram de US$ 39,8 milhões. Quanto ao volume comercializado, a queda foi de 2391% quando comparado com o mesmo mês de 2016 e, quanto aos compradores, os principais até o momento são a Reino Unido, Dinamarca e Holanda.