ECONOMIA
Indústria de MS fecha trimestre com o melhor valor de receita da série histórica
Com cerca de 669 milhões de dólares em março, montade desde janeiro soma cerca de 6,3 bilhões na moeda nacional.
Correio do Estado
17 de Abril de 2025 - 15:03

Após o melhor começo de ano da série histórica, a receita gerada em março da exportação de industrializados em Mato Grosso do Sul mantém o índice crescente observado neste ano, com o balanço do Observatório da Indústria registrando recorde também para esse terceiro mês.
Ferramenta da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems), o Observatório indica que a exportação de produtos industriais do Estado alcançou US$669,1 milhões em março, o que corresponde a quase quatro bilhões de reais.
Sendo esse o melhor desempenho para o mês de março em toda a série histórica, o aumento percentual na comparação com o mesmo período de 2024 representa um crescimento de 52% do índice.
O acumulado do trimestre também representa um aumento de 34%, em comparação com o mesmo período de 2024, com as exportações industriais deste ano já somando US$1,83 bilhão Entre janeiro e março, cerca de 6,3 bilhões na moeda nacional.
Diante desses valores, a Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul indica que o valor de U$1,83 bilhão ficar marcado como o maior já registrado para o período de janeiro a março da série histórica.
Cabe lembrar que, segundo a Fiems, a receita com exportações de industrializados registrou o melhor resultado da série histórica em janeiro deste ano: US$703,3 milhões e um crescimento de 48% em relação ao mesmo mês de 2024.
Análise do desempenho
Economista-chefe da Fiems, Ezequiel Resende aponta que, em participação relativa, a indústria representa 60% da receita dos exportados sul-mato-grossenses no mês de março, volume que cresce para 73% no acumulado do ano.
"Em relação aos segmentos, os principais destaques ficaram por conta da fabricação de celulose; complexo frigorífico; das indústria de processamento da soja e do milho; da extração do minério de ferro e manganês e das usinas de açúcar e etanol, que somados responderam por 95% de toda a receita de exportação da indústria sul-mato-grossense até aqui", expõe o economista.
Conforme a Federação em nota, a receita acumulada no grupo celulose e papel foi de US$922,5 milhões, um total de 1,79 milhão de toneladas exportadas, com preço médio em US$514 por tonelada.
Entre carnes desossadas congeladas e refrigeradas de bovino e peito de frango desossado e congelado, o complexo frigorífico somou US$473,2 milhões em exportações na atividade do trimestre.
O embarque de 131,4 mil toneladas no período entre janeiro e março, com preço médio de US$3.600 por tonelada, representou crescimento de 34% na receita gerada com essas exportações.
Nos produtos, há seis itens que lideram a pauta de exportação e proporcionaram receita de U$ 1,7 bilhão até o momento, sendo:
U$920 milhões - celulose
U$337 milhões - Carne bovina congelada ou refrigerada
U$168 milhões - farelos e óleos de soja e milho
U$83 milhões - frango congelado inteiro ou pedaços
U$76 milhões - açúcar
U$72 milhões - minério de ferro.
Das parcerias comerciais, apesar de vender para 124 países, Ezequiel indica que 12 países que foram responsáveis por 76% de tudo o que a indústria vendeu até agora em 2025: China, Chile, EUA, Holanda, Itália, Índia, Uruguai, Turquia, Indonésia, Bangladesh, Argentina e Alemanha.