Economia
Plano para baratear energia sai na próxima semana, diz Dilma
Segundo presidente, plano de concessões de aeroportos sai em setembro. "Temos que ter maior eficiência e maior produtividade", afirmou
G1 Brasília
30 de Agosto de 2012 - 14:39
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (30) que serão apresentadas na próxima semana medidas para baratear o custo da energia elétrica.
Temos de reduzir o custo da energia, tornar racional o custo da tributação, não se trata apenas de reduzir [...], mas ele não pode ser irracional, ele não pode impedir o investimento, não pode impedir que haja participação dos bens de capital, afirmou a presidente durante reunião do chamado conselhão, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no Palácio do Planalto.
A presidente afirmou ainda que tem trabalhado em um plano de concessões de aeroportos, que deverá ser anunciado em setembro.
Todas as providências são úteis e necessárias para melhorar nossa situação conjuntural, disse ao se referir ao Programa de Investimentos em Logística, cuja etapa de rodovias e ferrovias foi lançada neste mês. Dilma defendeu a redução do custo do país. É a única forma de nós podemos enfrentar as décadas que virão. Temos que ter maior eficiência e maior produtividade, afirmou.
Juros
Falando sobre a redução da taxa básica de juros, anunciada na noite de quarta-feira pelo Banco Central, Dilma afirmou que o governo federal criou possibilidade para que a taxa de juros da economia caísse. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (29) reduzir a taxa de 8% para 7,5% ao ano.
Nós criamos esse ambiente para que a taxa de juros caísse, afirmou a presidente. A queda foi possível, segundo Dilma, devido a uma longa trajetória que vem de outros governo no sentido de buscar que o Brasil seja um país que tenha capacidade de caminhar com seus próprios pés.
Não há como tergiversar a esse respeito, declarou. Segundo a presidente, o governo vem sistematicamente reduzindo a relação de câmbio e juros. Criamos um espaço que tornou possível a redução de juros, afirmou.
A presidente voltou a afirmar que os bancos ainda não praticam uma taxa de spread adequada. Nós somos um país que respeita contratos, que tem uma solidez institucional inequívoca. Estou certa que vamos chegar a spreads condizentes com os que são praticados no mundo, disse.
Dilma disse ainda que, atualmente, a taxa de juros está numa patamar mais civilizado.
O governo vai apoiar, vai estimular, vai dar suporte à competitividade a todas as atividades produtivas. No que nos diz respeito, estamos focados na desobstrução [...] dos gargalos logísticos, energéticos e de custo que dificultam o nosso desenvolvimento.
Nós mudamos uma relação macroeconômica importante que é a relação entre juros e câmbio, na medida em que hoje os juros têm um patamar, eu diria, um pouco, bem mais civilizado e o nosso câmbio não está na situação que estava um ano atrás, afirmou.