Economia
Produção da indústria volta a crescer em maio, diz IBGE
Avanço interrompe três meses seguidos de queda, segundo a pesquisa. Em relação a maio de 2014, indústria recuou 8,8%.
G1
02 de Julho de 2015 - 08:45
Depois de três meses seguidos de queda, a produção industrial nacional cresceu 0,6% em maio, na comparação com abril, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta quinta-feira (2).
A entrada desse 0,6% num primeiro momento não modifica em nada a análise que a gente vinha tendo até então, ou seja, setor industrial com menor rimo de produção, maior parte das atividades mostrando saldo negativo, declarou André Luiz Macedo, gerente de Indústria do IBGE.
Contribuíram para o leve crescimento as produções de equipamentos de transporte (8,9%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,1%) e de perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (1,9%). Também cresceram as indústrias de bebidas (2,7%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,6%).
Na contramão, caíram as produções de produtos alimentícios (-1,9%), máquinas e equipamentos (-3,8%) e produtos têxteis (-6,5%).
Setor de bebidas, vestuário, perfumaria, parte do setor de derivados de petróleo são atividades que mostraram avanço nesse mês. Talvez muito desse crescimento tenha relação com a quedas sucessivas em meses anteriores. Pode ser um avanço de produção normal em função da redução do ritmo de produção por conta de uma demanda doméstica mais lenta, analisou André Luiz Macedo.
Entre as grandes categorias econômicas, mostraram taxas positivas bens de consumo semi e não-duráveis (1,2%), depois de caíram por sete meses seguidos, e bens de capital (0,2%).
O setor extrativo é a principal atividade em termos de impacto positivo. É uma das poucas que mostram crescimento quando o corte de análise são as atividades, afirmou Macedo.
Frente ao mesmo período do ano passado, a indústria registrou queda de 8,8% em maio de 2015, o 15º recuo seguido. No ano, até maio, a atividade fabril acumula baixa de 6,9%. Em 12, a indústria caiu 5,3%, "o resultado negativo mais intenso desde dezembro de 2009".
Na comparação anual, a maioria dos setores registrou queda. A maior queda foi percebida na produção de veículos automotores, reboques e carrocerias (-25,5%), seguida por produtos alimentícios (-8,7%), máquinas e equipamentos (-20,8%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-32,4%) e produtos de metal (-14,3%), entre outros. Apenas três atividades registraram avanço, com destaque para as indústrias extrativas (7,7%).