Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Terça, 16 de Dezembro de 2025

ECONOMIA

Sidrolândia pode ter “boom” imobiliário com lançamento de 580 lotes

Flávio Paes/Região News

16 de Janeiro de 2012 - 09:31

Sidrolândia pode experimentar nos próximos dois anos um ”boom” imobiliário caso todos os empreendimentos em projeto – construção de casas, apartamentos e loteamentos – se viabilizem e saiam do papel. Está prevista a construção de 2.452 unidades habitacionais, entre casas e apartamentos e podem ser colocados à venda 580 terrenos,  dois lançamentos  por iniciativa da Financial Imobiliária, o mais caro,  numa área próxima ao seminário, com 180 terrenos e outro mais popular, de 200 lotes na região das Malvinas, Bairro São Bento. Os loteamentos estão em fase de análise na Prefeitura para definição das GDU (Guias de Diretrizes Urbanísticas) que estabelecerão as contrapartidas urbanísticas a serem exigidas dos empreendedores.

Também estão programados, só que ainda estão  num estágio mais embrionário, empreendimentos como o do  advogado David Olindo de Moura que pretende  dividir em 200 lotes os  9  hectares da antiga chácara  do Climério, próximas aos 7,2 hectares adquiridos pela prefeitura para construir 160 casas populares.  Na região do Bairro Cascatinha, saída para Quebra Coco, a proprietária de uma  chácara , Ivone Soares, planejar transformar num loteamento.  A dificuldade é que nesta região  a  lei de parcelamento do solo veta novos loteamentos sociais, com 200 metros quadrados, infraestrutura básica (arruamento, água e luz) que atenderia  que ganha até três salários mínimos. Pelas normas em vigor, no local só serão permitidos terrenos de 240 metros quadrados, com exigência de pavimentação e drenagem, o que eleva para aproximadamente  R$ 50 mil o valor de venda de cada terreno.  Ou seja, um negócio que só se torna viável para quem tenha uma renda familiar superior a R$ 2 mil.

Há três empreendimentos habitacionais em projeto.  Dois deles são na mesma região, o Loteamento Tupanciretã, próximo ao seminário, onde a Financial pretende transformar os 18 hectares remanescentes em 180 lotes de 240 metros quadrados.  Com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) a prefeitura pretende construir 56 casas para reassentar que moram em áreas de risco nos bairros Pé de Cedro e São Bento.  O projeto está orçado em R$ 3,3 milhões, incluindo as moradias (de 42 metros quadrados) e a infraestrutura (água, luz, drenagem, pavimentação e acesso). A prefeitura pagou em junho do ano passado R$ 210 mil à Financial pelos 4,2 hectares onde o conjunto habitacional será erguido.

O segundo projeto nesta mesma região é a construção, numa área de 5 hectares, de um condomínio  fechado com 640 apartamentos,orçado em R$ 41 milhões é que tem como público-alvo,  funcionários da Seara/Marfrig.  O processo de cadastramento das famílias deve começar em março e a expectativa do Sindaves (Sindicato das Indústrias de Carne e Alimentação) e que as obras sejam iniciadas em agosto com previsão de serem concluídas em dois anos .  Serão apartamentos de 41 metros quadrados com custo médio de R$ 45 mil.

O projeto está em fase de análise na Superintendência Regional de Caixa Econômica Federal  para o pedido de financiamento com recursos do Programa Minha Casa,Minha Vida. Vencida está etapa precisará ser avaliado pela prefeitura para a definição das contrapartidas urbanísticas. Se forem cobradas todas as contrapartidas previstas na lei de parcelamento do solo, o custo do empreendimento pode aumentar 30%, incluindo R$ 2 milhões para drenagem e pavimentação da via de acesso. O Sindaves espera conta com recursos da União, por meio de emenda parlamentar do senador Delcidio do Amaral, para garantir à verba necessária a obra que será compartilhada também pelo conjunto habitacional de 56 casas que a prefeitura vai construir numa área vizinha.

De qualquer forma  a legislação municipal (lei de parcelamento do solo para uso urbano, lei complementar 58/2010) deve impor ao empreendimento custos com as compensações urbanísticas. Só a contrapartida prevista em equipamentos públicos (escola, posto de saúde e centro de educação infantil) vai custar em torno de R$ 768 mil (R$ 1,2 mi por comprador), recurso suficiente para a construção de 256 metros quadrados de uma escola; 256 metros quadrados de um centro de educação infantil e 320 metros de uma unidade básica de saúde. Este custo deve encarecer em  6% o empreendimento.   

 A Enersul se comprometeu a implantar a rede de energia elétrica. A Sanesul ainda resiste em bancar a implantação da rede de água, embora tenha sido cedida uma

área de 400 metros quadrados para construção de poço e reservatório caso seja necessário. Se a empresa até o início das obras tiver  implantado a estação de tratamento de esgoto da cidade, terá de  dotar o condomínio da rede coletora

O terceiro empreendimento habitacional ainda em fase de elaboração é o da Imobiliária Ajurycaba de Dourados, que adquiriu uma área de 38 hectares na saída para Quebra Coco e pretende construir 600 casas e apartamentos,  com financiamento do programa Minha Casa,Minha Vida. O projeto depende ainda de licenciamento ambiental.