Esporte
Fight 2 Night estreia com boas lutas e problemas de organização
Evento organizado por Bruno Gagliasso no Rio de Janeiro tem altos e baixos
Combate.com
05 de Novembro de 2016 - 10:06
Nesta sexta-feira, o MMA nacional ganhou um novo evento: o Fight 2 Night, que foi realizado no Rio de Janeiro. O show tem uma proposta audaciosa, que é a de juntar lutas com apresentações de cantores e DJs. Em suma, unir esporte e entretenimento. A noite foi de altos e baixos. Apesar dos nomes de peso do card, o evento pecou na organização. A começar pela mudança de última hora na luta principal, sem aviso à imprensa e aos fãs. Thiago Silva, que estava escalado para lutar com Rameau Sokoudjou no main event, foi substituído por Paulo Thiago, que bateu Cheick Kone. Segundo a assessoria, a mudança se deu por uma questão criativa. De acordo com o matchmaker Pedro Rizzo, o motivo foi a lesão de Hernani Perpétuo.
Tendo ao lado Pedro Rizzo, Bruno Gagliasso fala sobre o evento
(Foto: João da Mata)
- Aconteceu de o Hernani Perpétuo se machucar. Ele seria o co-main event. Tivemos que mudar algumas lutas, colocamos a do Patolino como co-main e antecipamos a do Thiago Silva com o Sokodjou. Em todos os eventos, os pesos costumam ir aumentando. Mas optamos por colocar essa luta no meio para dar um pico. Thiago é um peso meio-pesado, super agressivo. Fizemos isso para ter uma explosão no meio do evento. Depois veio a do Patolino. E esse cara do BOPE (apontando para Paulo Thiago), só a entrada dele levanta todo mundo da cadeira. O Paulo Thiago para fechar o evento é perfeito. Por isso a gente fez essa mudança, uma coisa estratégica explicou Pedro Rizzo na coletiva de imprensa.
Outro deslize ficou por conta dos assentos destinados à imprensa na arena. Muitos jornalistas receberam lugares que simplesmente não existiam. A organização do show se defendeu dizendo que os assentos das laterais tiveram que ser remanejados após serem vistoriados pelas autoridades de segurança, uma vez que uma rota de fuga é necessária em caso de acidente. Uma vez realocados no meio do público, os jornalistas não tinham visão apropriada do cage nem mesa para apoiar computadores e outros equipamentos de trabalho. A estrutura para os profissionais, próxima ao cage, era tão precária que muitos optaram por voltar para a sala de imprensa, que ficou lotada e com poucos lugares disponíveis. Até mesmo a senha do Wi-Fi foi motivo de dor de cabeça. Além disso, não houve estrutura adequada para entrevistas com os atletas, mas, ainda assim, com a ajuda da assessoria, era possível abordá-los na área próxima ao vestiário.
- Como todo primeiro evento, tentamos fazer com perfeição, mas ninguém é perfeito. Tivemos algumas coisas que com certeza serão arrumadas. Detalhes poucos. Tempo de chegada, saída daqui para festa, tempo entre as lutas. É muito importante para nós o feedback. Não queremos que a imprensa só elogie ou só critique. Queremos uma reunião para saber de que maneira podemos ajudar vocês. Estamos aí para aprender juntos disse Igor Morgado, um dos organizadores do evento.
Bem casadas, as lutas seguiram de maneira apropriada, e o público, que fugia do estereótipo do fã de luta tradicional, pareceu embarcar na onda, fazendo muito barulho e mostrando animação. Com nove duelos pouco intervalados, o evento não foi cansativo para os espectadores. A festa, com show do cantor Marcelo D2, foi realizada em um espaço ao lado da arena, e era de fácil acesso ao público.
RESULTADOS
COMPLETOS:
Paulo Thiago venceu Cheick Kone por finalização no R3
William Patolino venceu Bojan Kosednar por nocaute técnico no R1
Thiago Silva venceu Rameau Sokoudjou por nocaute técnico no R3
Eddy Ellis venceu Adriano Capitulino por finalização no R2
Léo Leite venceu Moise Rimbon por decisão majoritária (29-27, 28-28 e 29-27)
Virna Jandiroba venceu Lisa Ellis por finalização no R1
Jhonata Silva venceu Raul Andrade por nocaute técnico no R1
Lucas Perizinho venceu Fabio Nativo por nocaute técnico no R2
Iasmin Casser venceu Jamila Sandora por finalização no R1




