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Esporte

Presidente do Santos pede cancelamento da votação de impeachment na Justiça

Além da ação de José Carlos Peres, conselheiro do clube pede anulação da decisão.

Globo Esporte

25 de Setembro de 2018 - 15:20

O presidente do Santos, José Carlos Peres, entrou com ação na Justiça com o objetivo de cancelar a votação que pode retirá-lo do comando do clube. A sessão, voltada aos sócios, está marcada para o próximo sábado, 29 de setembro, mas Peres e um conselheiro tentam suspendê-la. Ainda não há uma decisão sobre o pedido de Peres.

Em outra ação, um conselheiro pede anulação da decisão do Conselho Deliberativo, em 10 de setembro, de dar prosseguimento ao processo, passando a decisão final aos associados. Segundo a "Gazeta Esportiva", este pedido do conselheiro foi atendido.

Peres se manifestou sobre a situação na manhã desta terça-feira.

– Isso foi um conselheiro do clube, revoltado com o dia da assembleia, totalmente equivocada, que diz que para haver o impedimento tem de ter 2/3 dos presentes. Houve interpretação errada, pressão no presidente do Conselho Deliberativo. A comissão chegou a uma decisão equivocada que tinham de ser os votantes, no qual eles ferem o estatuto. Foi com base nisso que o conselheiro entrou. Não sabia que ele tinha entrado. O juiz deferiu o pedido e entendeu que houve o equívoco. Dentre os presentes, não houve os 2/3 – disse Peres.

No último dia 10, o Conselho Deliberativo do Santos aprovou o prosseguimento do processo, passando a decisão para os sócios. Na ocasião, o mandatário santista avisou que buscaria a Justiça.

São dois os processos de impeachment em andamento no Santos. Em um deles, Peres é acusado de ser sócio em uma empresa de agenciamento de jogadores, o que é proibido pelo estatuto. Este parecer foi aprovado por 164 conselheiros, e 72 foram contra – outros dois anularam o voto, e um votou em branco.

Outro processo aponta como irregularidade uma portaria publicada pelo presidente definindo que todas as contratações realizadas pelo Santos deveriam ser determinadas pelo presidente – ignorando o Comitê de Gestão, principal órgão administrativo do clube. O presidente do Conselho, Marcelo Teixeira, anunciou a aprovação deste parecer por 165 votos a favor e 74 contra. Mas a decisão foi contestada pela defesa de Peres, sob o argumento de que membros da CIS (Comissão de Inquérito e Sindicância), o órgão que produziu os relatórios, não poderiam ter votado.

A votação do impechment estava marcada para a Vila Belmiro, com participação dos sócios do clube. Se mais de 50% votassem pelo afastamento, Peres deixaria o cargo e seria substituído pelo vice, Orlando Rollo, seu desafeto.