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INTERNACIONAL

ONU realizará debate urgente sobre ataque de Israel ao Catar

Ofensiva israelense matou cinco integrantes do Hamas e levou Estados árabes do Golfo, aliados dos EUA, a se unirem.

CNN Brasil

15 de Setembro de 2025 - 14:55

ONU realizará debate urgente sobre ataque de Israel ao Catar
Bandeira da ONU tremula em frente a prédio durante o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas em Genebra, Suíça. Foto: Denis Balibouse

O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas realizará um debate urgente em Genebra, na Suíça, na terça-feira (15) sobre o ataque israelense de 9 de setembro contra líderes do grupo palestino Hamas no Catar, informou o Conselho na segunda-feira (15).

O ataque aéreo de 9 de setembro, que, segundo o grupo, matou cinco de seus integrantes, mas não sua liderança, levou os Estados árabes do Golfo, aliados dos Estados Unidos, a se unirem.

Isso acabou agravando as tensões nas relações entre os Emirados Árabes Unidos e Israel, que foram normalizadas em 2020.

O debate foi solicitado pelo Paquistão, em nome dos OCI (Estados-membros da Organização para a Cooperação Islâmica), e pelo Kuwait, em nome do Conselho de Cooperação do Golfo.

O pedido foi feito enquanto líderes de estados árabes e islâmicos se reuniam em Doha nesta segunda-feira (15), onde deveriam alertar que o ataque de Israel ao Catar e outros “atos hostis” ameaçam a coexistência e os esforços para normalizar os laços na região, segundo um rascunho de resolução do encontro.

A missão israelense em Genebra descreveu a decisão de realizar um debate urgente — o 10º do tipo desde a criação do Conselho em 2006 — como “absurda”.

“Qualquer resultado que apresentar será uma mancha nos mecanismos de direitos humanos”, afirmou a missão em um comunicado.

Israel tem sido amplamente acusado de cometer genocídio contra palestinos em Gaza, inclusive pelo maior grupo mundial de estudiosos do genocídio, durante sua campanha de quase dois anos no território palestino, que matou mais de 64 mil pessoas, segundo autoridades.

O país rejeita a acusação, alegando o direito à legítima defesa após o ataque de 7 de outubro de 2023, por militantes do Hamas, que matou 1.200 pessoas e resultou na captura de 251 reféns, segundo dados israelenses.