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Sidrolandia

Homens da Força Nacional vão montar acampamento na Fazenda Buriti

A Força Nacional de Segurança vai estar submetida ao comando da Polícia Militar e a da Secretaria de Segurança do estado, segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Flávio Paes/ Região News

06 de Junho de 2013 - 08:18

A tropa de 110 homens da Força Nacional que deve chegar hoje a Sidrolândia para evitar novos conflitos na região da reserva indígena montará acampamento na Fazenda Buriti, onde há uma semana morreu o terena Oziel Gabriel no confronto com a Policia durante a tentativa de reintegração de posse. Hoje pela manhã está programada uma reunião no comando da Polícia Militar, quando será definido a estratégia de atuação da tropa que já tem 90 homens na Capital, restando ainda 20 policiais para desembargarem no Estado.

Ontem pela manhã, quando vencia prazo dado pela Justiça Federal em nova liminar favorável ao fazendeiro Ricardo Bacha, os índios saíram da propriedade e se concentraram num ponto de entroncamento com outras áreas reivindicadas pela etnia.

A Força Nacional de Segurança vai estar submetida ao comando da Polícia Militar e a da Secretaria de Segurança do estado, segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. A situação não impedirá, por exemplo, que a tropa atue na desocupação da fazenda, caso a Justiça determine que a tarefa seja cumprida pelas forças policiais do estado.

“A Secretaria de Segurança de Mato Grosso do Sul é que vai determinar o papel que terá a Força Nacional de Segurança. A partir daí o que fazemos é uma contribuição ao governo do estado, o comando é do estado”, disse. De acordo com o ministro, a Força Nacional permanecerá no estado pelo “tempo que for necessário”.

Apesar do acirramento dos ânimos, Cardozo espera que os conflitos sejam resolvidos sem uso da violência. “O governo espera o entendimento, faz um apelo a todas as partes envolvidas no conflito, na linha de que ninguém vai conseguir satisfazer direito acirrando conflitos, usando violência, não é essa a forma. Não é a violência a forma de resolver o conflito. Fazemos um apelo às lideranças de todos os envolvidos de que façam uma pactuação, não caiam na violência”.