Briga por herança pode ter motivado desaparecimento e morte de pintor

A principal linha de investigação da Polícia Civil sobre o desaparecimento há 10 meses e possivelmente assassinato do pintor Magno Fernandes Monteiro, é de que sumiço do homem de 40 anos pode estar relacionado com um conflito pela herança de um terreno.

A família afirma que ele recebeu ameaças de morte na briga por uma herança. "Havia disputa familiar por um terreno", informou a delegada que investiga o desaparecimento, Cynthia Gomes.

Na terça-feira o Corpo de Bombeiros fez a primeira busca do cadáver de Magno que teria sido enterrado no quintal da casa de João Pedro Lopes. As buscas foram motivadas após uma mulher, vítima de violência doméstica, que mora no mesmo quintal em que Magno, procurar a polícia.

"Há algumas semanas, uma vítima de violência doméstica nos procurou e denunciou que o companheiro a ameaçou dizendo que faria com ela o mesmo que fez com o Magno, matar e enterrar no quintal", explica a delegada. O homem que fez a ameaça está envolvido na briga familiar.

A polícia então passou a diligenciar e conseguiu autorização judicial para buscas no terreno. Junto com militares dos bombeiros, foram feitas escavações nesta terça-feira, 5 de março, mas nada foi encontrado. A delegada admite que terreno é grande e novas buscas serão feitas nos próximos dias.

"Há informação de que ele era usuário de drogas e estava devendo para traficantes, mas essa informação veio de apenas uma pessoa e não conseguimos confirmar. Não descartamos, mas a principal linha é que o desaparecimento dele esteja atrelado a questões de herança", comenta a delegada.