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Policial

Cunhado que engravidou Marielly mora em Cuiabá e não se divorciou da irmã dela

Segundo o advogado de Hugleice, José Rodrigo Roberto da Rosa, o processo está parado, pois ainda não foram ouvidas todas as testemunhas de defesa

Midiamax

14 de Agosto de 2013 - 14:24

Hugleice da Silva, acusado de envolvimento na morte de sua cunhada Marielly Barbosa Rodrigues, de 19 anos, não entrou com processo de divórcio com a irmã da jovem e continua trabalhando na mesma empresa em que atuava na época do crime, em 2011. Atualmente o suspeito vive em Cuiabá e será ouvido por lá mesmo durante o processo.

Segundo o advogado de Hugleice, José Rodrigo Roberto da Rosa, o processo está parado, pois ainda não foram ouvidas todas as testemunhas de defesa que se negaram a comparecer e não apresentaram justificativa na ultima terça-feira (13).

No entanto, ele acredita que no decorrer do processo Hugleice será ouvido na capital de Mato Grosso. “Meu cliente tem o direito de escolher onde será ouvido e ele esta tentando recomeçar a vida na cidade”, explica.

Ele confirmou que Hugleice aguarda a conclusão do processo em liberdade e que continua trabalhando na mesma empresa de antes do processo. Quanto à situação do casamento entre seu cliente e a irmã de Marielly, ele disse não saber detalhes, mas afirma que nenhum processo de divórcio foi aberto.

O caso

O crime, que causou comoção em Campo Grande, aconteceu quando foi registrado o desaparecimento de Marielly Barbosa Rodrigues no dia 21 de maio de 2011. Seu corpo foi encontrado no dia 11 de junho em um canavial em Sidrolândia, já em adiantado estado de decomposição. Em investigações, a polícia chegou à conclusão que Marielly foi vítima de um aborto mal sucedido cometido pelo enfermeiro Jodimar Ximenez Gomes.

De acordo com as investigações, também teria participação direta na morte da jovem o seu cunhado, Hugleici da Silva, que a teria engravidado e contratado com o enfermeiro Jodimar para realizar o aborto.

Durante a época das investigações, tanto a mãe quanto a irmã de Marielly afirmaram que colocariam a “mão no fogo” por Hugleici, e que ele não seria capaz de cometer o crime.

Para dar continuidade ao processo o juiz Aluizio Pereira dos Santos determinou uma nova convocação para o próximo dia 20 de agosto, às 15h45min para ouvir as testemunhas de defesa. Agora, foi encaminhado ofício à polícia para que a convocação seja cumprida, mesmo que à força.

Com a nova convocação das testemunhas, para o próximo dia 20, o objetivo do juiz é evitar que haja mais demora no cumprimento da mencionada carta precatória e julgamento dos acusados de um fato que tomou grande proporção social pelas dificuldades iniciais enfrentadas pela polícia para se desvendar o crime e respectivas autorias.