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Policial

Decon interdita fábrica de geléia de mocotó em Campo Grande

No local, era fabricada a geléia “100% Mocotó Mineira”, que segundo a polícia, é comercializada em várias redes de supermercado da Capital.

Campo Grande News

12 de Maio de 2011 - 14:00

Decon interdita fábrica de geléia de mocotó em Campo Grande
Produtos s - Foto: Sim

Policiais da Decon (Delegacia Especializada na Repressão aos Crimes Contra a Relação de Consumo) fecharam na manhã desta quinta-feira uma fábrica clandestina de geléia de mocotó localizada na rua Presidente Nilo Peçanha, no Jardim Canadá, região do grande Santo Amaro, em Campo Grande.

No local, era fabricada a geléia “100% Mocotó Mineira”, que segundo a polícia, é comercializada em várias redes de supermercado da Capital.

Os policiais foram acionados por fiscais da vigilância sanitária do município depois que tentaram, por inúmeras vezes, fazer uma vistoria na fábrica.

“Quando os fiscais chegavam aqui sempre eram abordados pelo proprietário, que pedia para eles voltarem depois e, nesse período, maquiavam o lugar para a vistoria dos fiscais”, informou o delegado Adriano Garcia.

Conforme o delegado, o proprietário, José Amilcar de Freitas Moura, 60 anos, não apresentou os documentos sanitários exigidos para este tipo de estabelecimento, bem como para a fabricação, comercialização e armazenamento. “As condições de higiene são péssimas”, declarou o delegado.

Os policiais apreenderam dentro da fábrica grande quantidade de geléia, já pronta para a comercialização, e pés de boi de onde é extraído o mocotó, principal matéria-prima para a fabricação do doce. Conforme o delegado, todos os produtos estavam armazenados de maneira irregular.

Na embalagem do produto consta um registro da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que a polícia, acredita ser falso. Nem o SIM (Selo de Inspeção Municipal) a empresa possui. O CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Juridica) está no nome da mulher do proprietário, Adriana Cristina Benadelli.

Os policiais ao entraram na fábrica ficaram surpresos com o tamanho da caldeira utilizada na preparação da geléia. De acordo com o delegado, ela corre o risco de explodir e não poderia estar naquele local.

O proprietário da fábrica, José Amilcar de Freitas Moura, 60 anos, foi autuado pelos crimes contra relação de consumo e ambiental, já que os policiais encontraram no local uma motosserra, e ele não apresentou a documentação do equipamento.

“Isso aqui é perseguição. Estão vendo que a empresa está crescendo e fazem isso. Vou abrir uma fábrica em São Paulo e vender a geléia aqui”, disse o proprietário.

José Amilcar afirmou que desde 1987 trabalha com este tipo de produto e o seu registrado foi publicado no Diário Oficial. Ele será multado e a fábrica lacrada pela vigilância.

Os fiscais da vigilância irão recolher a geléia das prateleiras dos supermercados.