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Policial

Em manifestação por segurança, acadêmicos pedem rondas preventivas da policia

Com palavras de ordem, os alunos levantavam cartazes com frases que expressavam o clima de insegurança vivido nos últimos dias.

Heloisa Trindade/Região News

20 de Novembro de 2015 - 10:47

Ontem à noite (quinta-feira 19), cerca de 90 acadêmicos protestaram na Avenida Eduardo Elias Zahran, em Campo Grande, por mais segurança. O grupo se reuniu nas imediações da Universidade Estácio, proximidades da afiliada da Rede Globo, a TV Morena. A mobilização durou cerca de 60 minutos.

Com palavras de ordem, os alunos levantavam cartazes com frases que expressavam o clima de insegurança vivido nos últimos dias depois que assaltantes invadiram um ônibus que transportava universitários de Sidrolândia. “Sou estudante não é mole não, insegurança prejudica a educação”, gritavam em couro.

Acadêmicos que viveram momento de tensão e medo durante ação dos bandidos que fizeram um pente fino, levando celulares, relógios e dinheiro dos estudantes no ultimo dia 16, uma segunda-feira, também participaram da manifestação que foi idealizada por três alunos, que tinham incomum; a indignação diante a frieza dos bandidos que renderam o motorista e anunciaram o assalto ao ônibus de Sidrolândia.

“Não podemos ficar olhando tudo acontecer, a polícia não fazer nada, mas não iremos ficar de braços cruzados”, disse uma das organizadoras. Eles pediram a presença da Policia Militar em rondas preventivas na entrada e saída dos alunos. “O sentimento é de dever cumprido”, relata uma estudante que liderava o movimento e não quis ter o nome divulgado.

“Foi muito gratificante dormir com o sentimento de que conseguimos mobilizar aquelas pessoas e, mais ainda, ver que tivemos o apoio da população”, conta Jonathan Muller, outro aluno que fez frente à mobilização. A falta de estrutura da Segurança Pública do Estado é a justificativa para falta de policiamento nas imediações da universidade.

A julgar pelas informações dos próprios alunos que foram em busca do policiamento, não há número de efetivos suficiente no comando regional com jurisdição nas imediações da universidade, nem viatura para atender as reivindicações dos alunos. “A luta não vai parar por aqui, este nosso pedido terá que ser ouvido, é direito nosso”, disse um aluno.

Assalto após manifestação

O clima de medo e insegurança ganhou ainda mais força quando minutos após o encerramento da manifestação, duas jovens foram assaltadas num ponto de ônibus próximo dali, na Avenida Eduardo Elias Zahran. Nem a presença dos policiais militares e da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) foi capaz de intimidar a ação dos bandidos.

Segundo informações, três homens armados anunciaram o assalto às duas estudantes logo que elas desceram do ônibus que faz o transporte coletivo de Campo Grande. As vitimas chegaram apavoradas na universidade, relataram que os criminosos fugiram levando pertences e três aparelhos celulares. As jovens foram ouvidas pelo comandante da PM, que ainda estava no local e a direção da faculdade.