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Policial

Engenheiro é indiciado por morte de menino em parque de MS, diz polícia

Familiares de Edilan Brunel disseram à época do acidente que ele havia ido ao parque pela segunda vez, naquele dia, com primos e irmãos.

G1 MS

28 de Agosto de 2013 - 09:43

Um engenheiro eletricista de 56 anos foi indiciado nesta terça-feira (27) pelo crime de homicídio culposo, sem intenção de matar, pela morte de Edilan Prates Brunel, 10 anos, ocorrida no dia 8 de fevereiro deste ano, em um parque de diversões de Jardim, distante 239 quilômetros de Campo Grande. O menino morreu eletrocutado no trem-fantasma. A informação é da Polícia Civil.

De acordo com a Polícia Civil, perícia apontou que o acidente com o menino foi causado pela falta de manutenção no sistema elétrico do equipamento e ausência de aterramento. Segundo o delegado responsável pelas investigações, Alex Sandro Antônio, se o sistema estivesse em ordem, a descarga elétrica seria menor e a criança não teria morrido.

Familiares de Edilan Brunel disseram à época do acidente que ele havia ido ao parque pela segunda vez, naquele dia, com primos e irmãos. O garoto esperava um dos parentes e encostou na grade de proteção do trem-fantasma, foi eletrocutado e morreu no local.

Em depoimento à polícia, o funcionário responsável pelo trem-fantasma falou que desligou o brinquedo e um colega ficou no local. De acordo com as investigações, mesmo desligado, uma corrente elétrica passava pela carcaça do brinquedo.

O inquérito sobre o caso foi concluído nesta terça-feira (27)  e o documento já está com o poder judiciário. De acordo com a polícia, o engenheiro foi indiciado porque assinou como responsável técnico da parte elétrica dos brinquedos existente no parque de diversões. Se for condenado, ele pode pegar até quatro anos de prisão.

Segundo a polícia, o engenheiro assinou a Anotação de Responsabilidade Técnica, que é um documento exigido pelo Corpo de Bombeiros para emissão do certificado de vistoria, para que o parque pudesse funcionar. Dessa forma, para a Polícia Civil, o delegado assumiu o risco pelo acidente.