Policial
Ex-guarda municipal morre esfaqueada pelo ex-marido em Dourados
Ela foi morta com 23 golpes de faca na frente do filho; assassino é um boliviano que usa tornozeleira eletrônica.
Correio do Estado
24 de Novembro de 2025 - 14:00

Alliene Nunes Barbosa morreu esfaqueada pelo ex-marido, Cristian Alexandre Cebeza Henrique, na noite deste domingo (23), na Vila Sulmat, em Dourados, município localizado a 226 quilômetros de Campo Grande.
Ela era ex-guarda municipal em Dourados (MS) e o assassino é um boliviano que usa tornozeleira eletrônica. Este é o 37º feminicídio, no ano de 2025, em Mato Grosso do Sul. Conforme apurado pela mídia local, o homem agrediu a mulher com 23 golpes de faca na frente do filho de nove anos, após uma briga.
Ele foi preso pela Polícia Militar horas após o crime na casa de sua mãe, na Vila Industrial.
Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Científica e funerária estiveram no local para isolar a área, recolher os vestígios do assassinato, realizar a perícia e retirar o corpo, respectivamente.
O corpo de Alliene foi encaminhado ao Instituto Médico Odontológico Legal (Imol), onde será submetido a exame de necrópsia. Em seguida, deve ser liberado para velório e sepultamento.
FEMINICÍDIO
Feminicídio é o assassinato de uma mulher pelo fato de ser mulher, ou seja, questões de gênero que envolvem violência doméstica, física, verbal, sexual ou patrimonial. Geralmente, o feminicídio é praticado por (ex) companheiros, (ex) namorados, (ex) noivos ou (ex) esposos da vítima.
É um crime hediondo cuja pena pode variar de 20 a 40 anos de reclusão, não sendo possível pagar fiança. A pena é cumprida em regime fechado.
O feminicídio passou a ser um crime autônomo, com seu próprio artigo no Código Penal, diferente do homicídio qualificado. O condenado por feminicídio perde o poder familiar e é impedido de exercer cargos/funções públicas.
Dados divulgados pela Secretaria de Estado e Justiça Pública (Sejusp-MS) apontam que 34 mulheres foram mortas ente 1º de janeiro e 5 de novembro 2025 em Mato Grosso do Sul. Em 2024, 35 mulheres perderam a vida e 30 em 2023.
Violência contra mulher deve ser denunciada em qualquer circunstância, seja agressão física, psicológica, sexual, moral ou patrimonial. Os números para denúncia são 180 (Atendimento à Mulher), 190 (Polícia Militar) e 153 (Guarda Civil Metropolitana).
O sinal "X" da cor vermelha, escrita na mão, significa que a vítima quer alertar que sofre violência doméstica. Portanto, o cidadão deve ficar atento, acolhê-la e acionar as autoridades.




