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Policial

Gaeco frustra plano para resgatar traficante da Máxima

Conjuntura Online

09 de Fevereiro de 2012 - 07:23

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) impediu o resgate do traficante Mauri Siqueira, conhecido como “Branco”, do Presídio de Segurança Máxima aqui da Capital.

O plano era ousado e foi articulado dentro da cadeia pelo próprio traficante. A intenção do bandido era derrubar um dos muros do presídio com a utilização de explosivos.

O criminoso já tem condenação de mais de 20 anos de prisão por tráfico de drogas e de acordo com o MPE (Ministério Público Estadual), somente no ano passado ele teria se envolvido no tráfico de pelo menos duas toneladas de maconha, trazidas do Paraguai.

Segundo informações do Gaeco, a irmã dele é quem articulava o plano, e as ordens que chegavam até “Branco”dentro da cela eram enviadas por ela, por meio de mensagens.

Ela foi presa na segunda-feira, após ser flagrada pela polícia com uma pistola 9 mm, carregadores da arma e 89 munições.

Os promotores acreditam que essa arma seria utilizada para conter policiais que fazem a segurança de dentro das torres que ficam nos muros do presídio.

O Gaeco conseguiu interceptar as mensagens enviadas ao traficante que revelavam os detalhes do plano. Potentes explosivos e um caminhão com 200 quilos de areia seriam utilizados para a fuga.

Em alguns trechos das mensagens captadas e transcritas, o traficante chega a citar o tipo do explosivo que seria utilizado para derrubar o muro. “Aí, 2 quilos de C4 [explosivo]. Se o guri instalar bem, pode ser que eu vou, se Deus quiser”, dizia uma das mensagens enviadas por Branco a um comparsa.

Em outro trecho, eles conversam sobre uma alternativa, caso o muro não caísse com a explosão.

“Consegue um lugar pra guardar a caminhonete. Vou pagar por 200 quilos de areia para jogar no muro na hora se der uma falha ou outra”, diz outro trecho de uma mensagem enviada na manhã do dia 3 de fevereiro.

Segundo o MPE, o veículo carregado seria usado para derrubar o muro, caso houvesse alguma falha na explosão. Os sacos de areia serviriam para dar peso ao caminhão.

Investigações

As investigações começaram em agosto do ano passado, depois que Mauri Siqueira foi preso em Rondonópolis (MT). Ele era suspeito de envolvimento em um assalto em junho de 2011 à uma joalheria em Dourados.

DE acordo com o Gaeco, Branco passou a ser monitorado porque havia suspeitas de que ele estaria comandando, de dentro do presídio, roubos e explosões de caixas eletrônicos em diversas cidades de Mato Grosso do Sul.