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Policial

Inédita, audiência de julgamento de Olarte e mais dois começa

O caso foi investigado pelo Gaeco (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado) depois de analisar representação de Paulo Sérgio Telles

Correio do Estado

27 de Novembro de 2015 - 09:29

Pela primeira vez, um prefeito de Campo Grande será julgado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A audiência de julgamento e instrução de Gilmar Olarte (PP) acontece na manhã desta sexta-feira (27) no Tribunal de Justiça. Ao todo, 28 testemunhas devem depor no caso que julga envolvimento de Olarte, Luiz Márcio dos Santos e Ronan Edson Feitosa em esquema de compra de votos que terminou na cassação do prefeito Alcides Bernal, em março do ano passado.

Quem preside a audiência é o desembargador Luiz Claudio Bonassini. Por se tratar de audiência de instrução, não é obrigada a presença de Gilmar Olarte, o advogado dele, Jail Azambuja, solicitou dispensa que foi acatada pelo desembargador.

Todos os depoimentos aconteceriam hoje, no entanto, a vice-governadora Rose Modesto (PSDB), que à época da cassação era vereadora, pediu adiamento e depoimento dela acontecerá no dia 22 de janeiro. O ex-prefeito Nelson Trad Fillho também prestará depoimento no mesmo dia.

Entre as 28 testemunhas arroladas no processo, 16 são de acusações apontadas pelo Ministério Público Estadual (MPE), outras 14 da defesa de Olarte e 10 chamadas pela defesa de Ronan. Os números divergem porque a mesma testemunha pode ter sido chamada pela defesa e acusação. Desse total, 18 foram intimadas e devem depor hoje

As testemunhas que prestarão depoimento são: Paulo Sérgio Telles, Salem Pereira Vieira, Acácio Pereira da Silva, Mauro Sérgio Freitas, Mauro Alessandro Souza, Anny Cristina Silva Nascimento, Ito de Melo Andrade, Edmundo de Freitas Carrelo, Sonia Regina Arraes Capistrano, Nelson Trad Filho, Rosiane Modesto de Oliveira, Mario Cesar Oliveira Fonseca, Agenor Ortigoza Aparecido, Luciane Pereira Almeida, Alcides Bernal, Carlos Lima da Silva, PM Afonso Luiz Taveira, PM Elvis Basilio Luiz, PM Paulo Sérgio Batista de Oliveira, André Puccinelli, Marcos Alex Vera, Rodrigo Gonçalves Pimentel, Marly Deborah Pereira, Jeferson Ferreira Vitorino, Isabel Aparecido Nantes, Altamir Juarez, Fabrice Amaral e Mizael Ferreira Paixão Agostinho. 

COFFEE BREAK

O caso foi investigado pelo Gaeco (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado) depois de analisar representação de Paulo Sérgio Telles. Na representação, Telles revelou a suposta existência de quadrilha para conseguir cheques de terceiros com a promessa de vantagem na prefeitura.

Os telefones de Olarte e de outros investigados foram grampeados pelo Gaeco. As conversas interceptadas, segundo Gaeco, evidenciaram prática de crime. Com os valores, a suspeita é que Olarte tenha comprado vereadores para cassação de Bernal, em março do ano passado.