Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Sexta, 29 de Março de 2024

Policial

Justiça nega dois pedidos para soltar envolvido em escândalo sexual

O primeiro pedido foi negado em meados de outubro pela 7ª Vara Criminal de Competência Especial de Campo Grande.

Midiamax

19 de Novembro de 2015 - 13:18

A Justiça negou dois pedidos de soltura do empresário Luciano Pageu (foto), o único preso, atualmente, por envolvimento em escândalo sexual no qual são também processados dois ex-vereadores e um ex-deputado estadual. Há cerca de um mês ele tenta a liberdade.

O primeiro pedido foi negado em meados de outubro pela 7ª Vara Criminal de Competência Especial de Campo Grande, onde a denúncia contra ele tramita. No mesmo período, Fabiano Viana Otero, outro preso na mesma ação e apontado como mentor de um esquema de corrupção sexual de adolescentes, conseguiu ordem judicial para ser solto.

Luciano, Fabiano e o ex-vereador Robson Martins foram presos no dia 16 de abril, em Campo Grande, ao serem flagrados extorquindo o então vereador Alceu Bueno (ex-PSL, sem partido). O esquema, conforme as investigações, consistia em aliciar menores e articular programas entre elas e figuras públicas, incluindo políticos; os encontros eram filmados e o conteúdo, depois, era usado para a extorsão.

O caso corre em segredo de Justiça. Até onde se sabe, Luciano e Fabiano são processados por exploração sexual, extorsão, corrupção de menores e associação criminosa; Robson por extorsão e associação criminosa; e Bueno e o ex-deputado estadual Sérgio Assis, que teriam mantido relações sexuais com as adolescentes do suposto esquema, por favorecimento à exploração sexual.

Com a derrota na primeira instância, a defesa de Luciano levou o pedido de habeas corpus ao TJ (Tribunal de Justiça). “A decisão foi omissa, pois não manifestou sobre a possibilidade da prisão domiciliar”, descreve a petição.

Em seguida, é questionado o fato de os demais estarem soltos e apenas Luciano preso. “Existe associação criminosa de apenas um indivíduo?? Tenho certeza que não”, escreveu o advogado Antonio Cesar Jesuino, entre outros argumentos apresentados.

Não deu certo. No dia 21 de outubro, o desembargador Francisco Gerardo de Sousa, da 3ª Câmara Criminal, negou liminar para soltar Luciano, dizendo que o caso precisava ser analisado de forma mais cautelosa.

Semana passada, o MPE (Ministério Público Estadual) emitiu parecer para que seja negada liberdade ao réu. “A fundamentação do magistrado foi idônea no requisito de garantia da ordem pública, pois o risco de reiteração criminosa justifica a prisão preventiva”, concluiu a procuradora de Justiça Esther Sousa de Oliveira.

Ou seja, agora falta o TJ julgar o mérito do pedido. Consta no processo que ele está pronto para despacho desde terça-feira (17).