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Policial

Mais procurados da Interpol tem 5 acusados de Mato Grosso do Sul

Os processos a que respondem tramitam nas Justiças Estadual e Federal, dependendo da natureza dos delitos que foram praticados.

Correio do Estado

02 de Fevereiro de 2017 - 07:21

A Interpol e a Polícia Federal divulgaram lista onde constam cinco foragidos de Mato Grosso do Sul como os mais procurados. Em geral, a maioria praticou o crime de tráfico de drogas.

Todos os procurados são naturais de cidades de fronteira e cometeram os crimes em diferentes épocas. Os processos a que respondem tramitam nas Justiças Estadual e Federal, dependendo da natureza dos delitos que foram praticados.

Quem representa o Brasil na Interpol é a Polícia Federal. A instituição é a união de 190 países, que trabalham em conjunto para tentar prender criminosos que tenham ramificação em diferentes países ou que tenham fugido para outras nações.

Toda vez que um criminoso torna-se foragido e a depender do grau de periculosidade e a possibilidade de ele fugir para outros países, a Interpol é acionada para auxiliar na investigação e tentar realizar a prisão desses suspeitos.

Regularmente há também operações conjuntas para localizar foragidos. A última que foi realizada em âmbito no continente americano aconteceu em dezembro de 2013 para tentar localizar 266 pessoas. Participaram dessa ação 46 países, entre eles o Brasil.

A Superintendência da PF em Mato Grosso do Sul divulgou, por meio da assessoria de imprensa, que pode receber denúncias.

Veja quem está na lista de mais procurados do mundo que são de Mato Grosso do Sul. Pistas desses suspeitos podem ser fornecidas diretamente à Interpol:

MARCIAL DARIO ACOSTA

Ele tem 38 anos, é de Ponta Porã e cometeu os crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. Ele é apontado, segundo investigações, como liderança no tráfico internacional de drogas envolvendo Bolívia, Brasil, Paraguai e Peru. Ele responde a processos no Rio Grande do Sul e na Justiça Federal daquele estado.

VILSON ADELAR SANTI

De 39 anos, o acusado é de Amambai e foi mentor do sequestro de um empresário do setor de frigorífico em 2 de junho de 2010. Ele responde a processo de sequestro e porte ilegal de arma de fogo.

Era pedido resgate de R$ 500 mil, mas a vítima conseguiu escapar de cativeiro que tinha sido montado perto do rio Panduí. Santi trabalhava para o empresário e conseguiu escapar, enquanto o comparsa dele, André Cristiano Tesche, foi preso em 14 junho de 2010.

JEAN PAUL CORREA MORINIGO

Com 37 anos, Morinigo é apontado como líder de organização criminosa que atua no tráfico de cocaína e tem ligações no Uruguai, Paraguai e Bolívia. O destino do entorpecente, em geral, é para a Europa.

O transporte dessa cocaína, de acordo com investigações, acontece em aviões. Inclusive, Morinigo é apontado como dono de aeronaves.

Em 2014, ele chegou a ser preso em Montevidéu, no Uruguai, durante a Operação Dilúvio. Ele foi descoberto depois de ocorrer a apreensão de 268 quilos de cocaína em outubro de 2014. O acusado usava identidade falsa quando houve essa prisão. Conforme a Interpol, ele não está mais detido e o seu paradeiro é incerto.

Em Ponta Porã, em 2003, a Polícia Federal chegou a apreender cocaína que pertencia ao pai de Morinigo, que é Elio Gimenez. Ambos acabaram detidos na época, pois acompanhavam o carregamento, que era transportado em outro veículo.

AGOSTINHO VACA TEJAYA

De Corumbá, Tejaya tem 56 anos e é procurado por tráfico internacional de drogas. Na mesma quadrilha que ele atua, há pessoas de outros países, como macedônio, sérvio, sul-africano e brasileiro.

Um dos esquemas descobertos era o de enviar cocaína do Espírito Santo para a Europa em blocos de granito. Em ação que tramitou em 2013, três pessoas da mesma organização criminosa foram condenados, mas Tejaya está foragido desde então.

Investigações da Polícia Federal apontam que o grupo atua também em São Paulo, Paraná, Amazonas, Pará e Rondônia.

ALBERTO AMARILHA

Ele tem 48 anos e é procurado pelo crime de apropriação indébita. Os dados da Interpol e da Polícia Federal não fornecem mais detalhes sobre a dinâmica do crime praticado por ele.