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Policial

PF prende vereadores e empresários por corrupção e desvio de dinheiro

A Operação Atenas, começou às 6h, quando foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva, três mandados de prisão temporária

Sul News/Campo Grande News

08 de Outubro de 2014 - 08:55

A Polícia Federal prendeu nesta manhã 10 pessoas entre vereadores e empresários suspeitos de formação de quadrilha, corrupção e desvio de dinheiro público em Naviraí. No total, 35 pessoas, incluindo-se advogados, foram conduzidos à delegacia para prestar depoimento na manhã de hoje.

A Operação Atenas, começou às 6h, quando foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva, três mandados de prisão temporária. Além desses, 28 pessoas foram conduzidas à delegacia e a polícia realizou 35 mandados de busca e apreensão em salas da Câmara Municipal, escritórios de advocacia e residências de vereadores e empresários.

Investigação iniciada no fim do ano passado, segundo a Polícia Federal, apurou que vereadores da cidade exigiam e recebiam vantagens indevidas para aprovação de leis e para atuações ilegais na expedição de alvarás para estabelecimentos comerciais. Segundo a polícia, a investigação junto com o MPF (Ministério Público Estadual) descobriu ainda que havia um esquema ilegal de recebimento de diárias pagas pelos cofres públicos para viagens que não eram realizadas por servidores públicos municipais.

Participam da operação 200 policiais federais e três membros do MPF. A Polícia Federal ainda não divulgou os nomes dos presos e intimados, que estão na delegacia nesta manhã. No início da manhã, reportagem do jornal acompanhou a operação e apurou que a polícia esteve na casa de, pelo menos, seis vereadores, dentre Elias Alves, que mora próximo da Câmara Municipal.

De acordo com o jornal, ontem (8) o vereador Marcus Douglas Miranda (PMN) disse que chamaria a imprensa e distribuiria, via assessoria, uma matéria com conteúdo contrário às atitudes do juiz Eduardo Lacerda Trevisan, que determinou a prisão dele, por desacato a autoridade, quando houve o flagrante de passagem da carreata dele, na frente do Cartório Eleitoral. Marcus Douglas disse que “a fala do juiz extrapolava suas funções, com pré-julgamento e ataque à classe política”.