Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Sexta, 19 de Abril de 2024

Policial

Polícia diz que só depoimentos e provas periciais vão esclarecer quem matou a adolescente de 17 anos

O exame residuográfico será fundamental para mostrar quem foi autor dos disparos que matou a jovem.

Flávio Paes/Região News

14 de Fevereiro de 2021 - 17:39

Polícia diz que só depoimentos e provas periciais vão esclarecer quem matou a adolescente de 17 anos
Revólver 38 com marcas de sangue. Adolescente morre com tira na cabeça.

Só a partir dos depoimentos das testemunhas e dos envolvidos diretamente no episódio, além das provas periciais obtidas a partir do resultado do exame residuográfico do material coletado dos suspeitos, a Polícia Civil terá condições de esclarecer quem assassinou a adolescente Pamela Silveira Saturnino, baleou o jovem D.A de 17 anos e E.R, que até agora foi único a prestar depoimento e apresentou uma versão dos fatos pouco esclarecedora.

O exame residuográfico será fundamental para mostrar se ele foi autor de algum dos disparos que além de matar a jovem, atingiram a lataria do veículo do Gol em que ela estava junto com M.H.E, preso em flagrante, mas sob escolta policial na Santa Casa para onde foi encaminhado, porque foi atingido com disparo no tórax.

Ele é principal suspeito de ter baleado de raspão no braço direito, E.R e o adolescente D.A no pescoço, que também foi levado para ser atendido em Campo Grande. Quando os policiais chegaram ao Hospital Elmiria Silvério Barbosa, onde M.H.E foi levar Pamela que acabou morrendo antes de dar entrada no hospital, ele tentou se desfazer do revólver, um Rossi Calibre .38, jogando a arma, com vestígios de sangue, 2 projéteis deflagrados, embaixo de uma árvore próxima do seu carro. O depoimento das testemunhas será fundamental para esclarecer os fatos.

Com E.R, além do adolescente baleado, estavam a namorada dele e a prima dela. No carro de M.H, além de Pamela, estavam outras pessoas, entre elas M.E.C, que foi vista aos prantos, sentada no ponto de ônibus perto do hospital, certamente chorando a morte da amiga.

“De fato, neste momento, não há elementos suficientes acerca de quem iniciou os disparos, mas resta indubitável que ambos contendores ou comparsas efetuaram os disparos". Durante os trabalhos periciais foi constatado um disparo de arma de fogo na cabeça da vítima, que estava dentro do Gol vermelho conduzido por M.H.E, sendo que este veículo também apresentava marcas de projéteis na lataria.

Em contrapartida, E.R e um adolescente foram atingidos por disparos, entretanto, não foram a óbito. Portanto, fica constatado que pessoas ligadas a ambos contendores foram atingidas por disparos de arma de fogo. Em relação a E.R, foi ouvido, coletado material para perícia residuográfico de pólvora e, em seguida liberado, uma vez que sua participação nos resultados morte ou lesão precisa ser esclarecida em sede de caderno investigativo.

Já no que tange a M.H.S, fortes são os indícios de autoria no sentido de que ele foi o autor dos disparos que atingiram E.R (no braço) e o adolescente no pescoço. Fato que corrobora para esse entendimento, em sede flagrancial, “e o fato de a arma de fogo utilizada ter sido localizada em uma árvore próxima ao veículo, com vestígios de sangue”, é o que proclama a Polícia Civil, na nota distribuída à imprensa.