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Policial

Polícia recaptura golpista que simulou compra de fazenda de ex-deputado

Mesmo que constatado o crime de estelionato e falsidade ideológica, a delegada explica que não se trata de um flagrante e, portanto Celso permanece preso pelas condenações

Campo Grande News

20 de Agosto de 2013 - 10:48

O estelionatário Celso Maldonado de Freitas, 30 anos, que simulou a compra da fazenda de um ex-deputado estadual, no valor de R$ 4,025 milhões, foi preso novamente pela Polícia. Ele havia sido solto 24h depois de informar nome falso e conseguir a liberação por parte do juiz. Porém, agora permanecerá preso para pagar ao menos 36 anos de condenação e os quatro mandados de prisão em aberto.

Segundo a delegada Christiane Grossi, responsável pelas investigações, a Polícia Militar fazia rondas no bairro Piratininga, quando localizou o autor na tarde de ontem (19). Ele disse que estava no local para resolver “broncas”, porém a investigação constatou que ele planejava uma nova fuga.

Anterior ao golpe do ex-deputado, no qual estava prestes a entregar a sua propriedade rural e uma caminhonete avaliada em R$ 120 mil, o golpista cometeu um assassinato e era integrante de uma violenta quadrilha de roubo a caminhonetes em Corumbá, a 419 quilômetros da Capital.

Somente do homicídio, a polícia constatou que ele possuía 19 anos de condenação. Já no dia 10 de agosto deste ano, ele tentava enganar a vítima, com o depósito de um cheque de R$ 132 mil.

“Como ele sabia que o valor deveria cair somente na segunda, com o falso depósito efetuado na quinta à noite, começou a cobrar as chaves do carro no outro dia e o crime só não foi concretizado porque a polícia chegou ao momento exato”, comenta o delegado Wellington de Oliveira.

Em casos como esse, o delegado explica que a pessoa interessada em vender o bem precisa de cautela. “Neste caso o estelionatário abriu a conta em Junho e a vítima deveria prestar atenção neste detalhe. Como em pouco tempo Celso teria tanto valor na conta bancária, principalmente para fazer transferências?”, afirma Oliveira.

Mesmo que constatado o crime de estelionato e falsidade ideológica, a delegada explica que não se trata de um flagrante e, portanto Celso permanece preso pelas condenações. “O mesmo juiz que determinou a soltura será comunicado que ele foi identificado e com isso determinar a prisão dele pelos últimos crimes, aumentando ainda mais a sua pena”, conclui a delegada.