Policial
Polícias ameaçam paralisação por salário, mas governador mantém proposta
Doura News
17 de Abril de 2012 - 11:00
As polícias Civil e Militar decidiram em reunião na tarde desta segunda-feira que colocarão em prática a chamada "tolerância zero" em todas as cidades do Estado. De hoje até quarta-feira, os policiais civis realizam operação-padrão. Já os policiais militares, segunda maior categoria do funcionalismo público estadual, decidiram realizar a operação nos próximos dias.
Na última sexta-feira, foi realizada uma reunião com o governador André Puccinelli (PMDB), pedindo reajuste de 25%, mas Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiros, não foi atendida.
O governador propôs reajuste de apenas 5%. Enquanto a categoria quer indexar o salário dos soldados ao de coronel, posto máximo da Polícia Militar. Neste cenário, neste ano o soldado receberia 17% dos vencimentos de um coronel; 21% em 2013 e 25% em 2014. Chegando ao salário inicial de R$ 3.702. Porém o reajuste oferecido pelo governador chega a ser menor do que a inflação acumulada nos últimos 12 meses em 5,2%.
De acordo com o vice-presidente do Sinpol - Sindicato dos Políciais Civis de Mato Grosso do Sul, Roberto Simião de Souza o governador ofereceu para a categoria apenas 8,13% de aumento salarial que busca reajuste de 25%. Para amanhã está marcada uma nova a assembleia. Caso não haja avanço na negociação, o desfecho mais provável é uma paralisação de 24 horas, que deverá ser realizada na quinta-feira.
O reajuste de 25% é para a base: investigador, escrivão, agente de polícia científica e perito papiloscopista. Com o reajuste, o salário passaria de R$ 2.142 para R$ 2.600.
Mato Grosso do Sul é o 22° pior estado do país na questão de pagamentos aos policiais. Atualmente dados comprovam uma falta de efetivo em torno de 800 investigadores e 150 escrivães.




