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Policial

Rapaz que baleou ex-mulher e se matou comprou arma nesta manhã

No local o crime, o interior da loja, a Polícia recolheu o revólver usado que estava carregado com seis munições. Duas delas deflagradas.

Campo Grande News

20 de Dezembro de 2012 - 16:00

O ex-marido que baleou a jovem Bruna Moura Araújo, 24 anos, e que morreu no hospital depois de atirar na própria cabeça, comprou a arma usada no crime, um revólver calibre 38, ainda nesta manhã. O crime aconteceu em uma loja no cruzamento da rua Maracaju com a 14 de Julho.

Segundo a delegada que ficará responsável pelo inquérito, Fernanda Felix, após deixar a jovem no trabalho, ele ligou para o ex-namorado da irmã de Bruna e pediu R$ 700 emprestado, alegando que o dinheiro seria usado para pagar uma conta. Com o dinheiro em mãos, ele comprou a arma.

Conforme a delegada, a discussão que começou no carro, quando Rafael levava a ex-mulher e a irmã dela para o trabalho, nesta manhã, foi para saber quem pagaria o documento da motocicleta.

Depois de deixá-la no trabalho, ele seguiu para comprar o revólver e retornou a loja. A dona do comércio, Tabata Braz, relatou que desde quando o casal terminou, há três meses, Bruna vivia sobre ameaças constantes. A dona de loja conta que Bruna chegou a dizer que iria registrar um boletim de ocorrência contra ele, mas foi intimidada por mais uma ameaça de morte.

Tabata completa ainda dizendo que a jovem passava os últimos dias com muito medo do ex.

No local o crime, o interior da loja, a Polícia recolheu o revólver usado que estava carregado com seis munições. Duas delas deflagradas.

Rafael morreu cerca de 2h depois do crime, na Santa Casa. A jovem continua internada no hospital em estado grave. Segundo a Polícia, em análise preliminar, a bala parece ter atingido apenas a face da jovem e não chegou a perfurar o crânio. O tiro atingiu Bruna na nuca.

Caso - Bruna Moura Araújo, de 24 anos, falava com a mãe ao telefone quando Rafael Felastiga de Souza Lima, 27 anos, chegou armado ao comércio. No telefone, Bruna chegou a dizer “mãe, o Rafael está aqui e ele está armado”. Do outro lado da linha, Maria Rosa tentou tranquilizar a filha, respondendo que não, que não seria possível que ele tivesse armado. Em seguida, a jovem começou a gritar e desligou o telefone. A mãe não chegou a ouvir a discussão e nem os tiros.

A mãe contou que a filha sempre reclamava de surtos de Rafael durante a briga, mas se negou a registrar queixa na Polícia.

Nesta manhã, passado das 8h30, Bruna estava na loja onde trabalha, na esquina das ruas Maracaju com 14 de Julho, quando testemunhas relatam que Rafael chegou de motocicleta, entrou e fechou a porta de ferro do comércio.

Em seguida, os funcionários das lojas vizinhas ouviram de dois a três tiros e depois viram os corpos no chão.