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Policial

Um dia após prisão, Delcídio está "sereno" e "confiante", diz assessoria

Senador petista foi preso nesta quarta (25) na Operação Lava Jato. De acordo com a PF, ele deverá prestar depoimento nesta quinta.

G1

26 de Novembro de 2015 - 09:32

Um dia após o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) ser preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, a assessoria do parlamentar informou nesta quinta-feira (26) que ele está "sereno" e "confiante". Segundo a assessoria, que foi levar café da manhã para o senador na Superintendência da PF, ele "dormiu bem" esta noite e, aparentemente, "está com o rosto melhor".

Delcídio está detido na Superintendência da PF em Brasília e, segundo a corporação, deverá prestar depoimento ainda nesta quinta. Não há previsão de transferência dele para um presídio, a menos que haja pedido da defesa ou decisão judicial.

O senador foi detido nesta quarta, pela Polícia Federal (PF), acusado de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. Em uma gravação, ele oferece R$ 50 mil mensais à família de Nestor Cerveró para tentar convencer o ex-diretor da área internacional da Petrobras a não fechar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF).

Pela Constituição, prisões de parlamentares que estejam no exercício do mandato têm de ser submetidas à análise da casa legislativa a qual ele atua. Mais cedo, por meio de nota, o advogado Maurício Silva Leite, responsável pela defesa do parlamentar, divulgou nota em que manifesta "inconformismo" com a decisão do STF de determinar a prisão do senador e em que afirma ter "convicção" de que a decisão será revista.

Na noite desta quarta, o plenário do Senado decidiu, em votação abertao, manter a ordem de prisão expedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra Delcídio. Com isso, o parlamentar petista continuará preso por tempo indeterminado. A manutenção da prisão foi decidida por 59 votos favoráveis, 13 contra e 1 abstenção.

Repercussão no Planalto

Após a prisão de Delcídio do Amaral, a cúpula do governo realizou diversas reuniões ao longo desta quarta no Palácio do Planalto.

Os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), Edinho Silva (Comunicação Social) e o assessor especial da presidente Dilma Rousseff Giles Azevedo, que formam a cúpula do governo, se encontraram para fazer uma avaliação da situação política do senador petista. Após essa reunião, Dilma chamou Jaques Wagner ao Palácio da Alvorada.

Pela manhã, a presidente chegou a fechar um evento do qual participaria no Palácio do Planalto e o transferiu do Salão Nobre, onde jornalistas e convidados podem acompanhar a cerimônia, para o gabinete dela no terceiro andar do palácio e somente a emissora oficial do governo foi autorizada a fazer imagens – Dilma recebeu a seleção feminina de handebol.

Durante a tarde, a Secretaria de Governo, responsável pela articulação política do Palácio do Planalto, informou que o novo líder no Senado será anunciado na próxima semana e que, neste período, os quatro vice-líderes na Casa responderão interinamente pela liderança.