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Policial

Vinte e quatro dias depois de morte, outro adolescente é esfaqueado na saída de escola

O pai, que trabalha como caseiro, conta que, ao ser atacado, o adolescente se defendeu com o braço esquerdo. O golpe foi tão violento que a faca chegou a ficar gravada.

Correio do Estado

05 de Outubro de 2013 - 10:00

A onda de violência envolvendo adolescentes, alunos de escolas, na maioria das vezes, públicas, parece não ter fim. Mais um caso de agressão ocorreu anteontem, em frente à Escola Municipal Senador Rachid Saldanha Derzi, no Jardim Noroeste, em Campo Grande.

Um adolescente de 15 anos foi esfaqueado por outro, de 14, na saída da aula e está internado sem previsão de alta. O fato ocorreu quase um mês depois da morte de Luana Vieira Gregório, também de 15 anos, morta por colega de sala, de 16 anos, no dia 11 do mês passado, na mesma circunstância – depois dos estudos.

Ontem de manhã, o pai do garoto esfaqueado denunciou a agressão à polícia. O fato foi registrado como lesão corporal, na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do centro. Segundo o pai, que preferiu não ter a identidade revelada para preservar o filho, a ação violenta foi motivada por ciúme.

“Meu filho é novo na escola. Morava no Paraná e há 10 meses foi matriculado. Como é novato, as meninas começaram a paquerá-lo, umas delas foi namorada do agressor, que não gostou e armou a emboscada”, lamentou. Por volta das 17h30min, durante a saída da aula, o menor infrator esperava pela vítima com a faca já do lado de fora.

O pai, que trabalha como caseiro, conta que, ao ser atacado, o adolescente se defendeu com o braço esquerdo. O golpe foi tão violento que a faca chegou a ficar gravada. “O agressor queria matar. Meu filho colocou o braço na frente e teve corte profundo com exposição do osso”, disse.

O garoto passou por cirurgia e está internado na Santa Casa. Segundo o caseiro, a diretoria da unidade de ensino fala em expulsar o agressor, visto que ele teria histórico de violência e foi levado à escola transferido por causa de briga. O caso foi encaminhado à Delegacia Especializada no Atendimento à Infância e Juventude (Deaij) para investigação.