Política
Aliança com PSDB na Câmara pode custar ao MDB a perda de 300 cargos
A junção entre as bancadas rivais numa união para eleger a nova Mesa Diretora, que na prática, caso seja confirmada será de oposição a gestão de Vanda Camilo.
Marcos Tomé/RN
23 de Novembro de 2022 - 08:26

O alinhamento dos vereadores do MDB com os tucanos Enelvo Júnior e Ademir Gabardo pode custar o emprego de aproximadamente 300 servidores que trabalham como comissionados, contratados e que ocupam cargos que foram indicados pelo MDB, especialmente da Secretaria de Educação.
Atualmente estão na cota do partido as secretárias de Educação; Maristela Stefanello, do Governo; Elaine Brito, a Coordenadoria da Mulher; Natália Souza, além da diretoria do Previlândia; Nélio Paim, que foi candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Daltro Fiuza em 2020 e à presidência da Fundação Municipal de Cultura, ocupada pelo professor Carlito da Silva Carmo.
Uma das secretárias filiada histórica do partido, manifestou preocupação num grupo de WhatsApp com a situação destes trabalhadores e desapontamento com a aliança inusitada entre MDB e PSDB. A junção entre as bancadas rivais numa união para eleger a nova Mesa Diretora, que na prática, caso seja confirmada será de oposição a gestão de Vanda Camilo (PP), reacendeu antigas feridas de ressentimentos (justificadas ou não), a foto postada nas redes sociais onde os vereadores Enelvo Felini e Cristina Fiúza, aparecem lado a lado, gerou reações de indignação entre alguns filiados do partido.

Emedebistas históricos não "engoliram" a cena onde os herdeiros políticos dos ex-prefeitos Enelvo Felini e Daltro Fiuza, que por 20 anos rivalizaram os embates políticos, aparecem unidos para eleger a nova Mesa Diretora. "O nome disso é ganância. Quem viveu anos de perseguição de Enelvo Felini, que comeu o pão que o diabo amassou, está aí o respeito por você. Esse é o pagamento", diz em sua postagem uma servidora nas redes sociais.
Os espaços ocupados pelo MDB na atual gestão têm forte representação política, embora o ex-prefeito Daltro Fiuza tenha se mantido distante da gestão. Preferiu adotar a condição política de ex-gestor e não interferir nas decisões de Vanda Camilo (PP), quem ajudou a eleger em junho de 2021 na eleição suplementar contra Enelvo Felini.
Segundo informações apuradas pela reportagem, Fiuza teria revelado a correligionários, que não vai se envolver no processo de eleição da nova Mesa Diretora da Câmara, avaliado por muitos como um sinal político de não temer uma possível retaliação com demissão em massa de seus “companheiros de partido”.




