Política
Antigos rivais, PMDB e PT vão montar palanque para Dilma em 2014 em MS
O que ele é extremamente contrário é uma coligação com o PSDB do deputado federal Reinaldo Azambuja.
Willams Araújo/Cojuntura online
08 de Maio de 2013 - 13:23
Apesar da grande rivalidade que existe em âmbito estadual e a possibilidade de novo confronto nas eleições de 2014, PMDB e PT devem afinar o discurso em apoio ao projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff em Mato Grosso do Sul.
Isso quer dizer que, embora os dois grupos políticos devam disputar a sucessão do governador André Puccinelli (PMDB), no ano que vem, terão o mesmo compromisso de montar palanque para a presidente pedir votos no Estado em sua tentativa de voltar ao Palácio do Planalto para cumprir mandato de mais quatro anos.
A confirmação sobre o apoio do PMDB à reeleição de Dilma foi feita na terça-feira pelo presidente do diretório regional do partido, deputado estadual Júnior Mochi.
A parceria com a presidente se intensificou e vamos apoiá-la, garantiu Mochi em entrevista ao Midiamax, seguindo assim a mesma linha de pensamento defendida pelo governador André Puccinelli e pelo presidente da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos.
O anúncio ocorre dias depois da visita da presidente a Campo Grande, quando ela fez a entrega de 300 ônibus do transporte escolar aos municípios do Estado. Durante o ato, André Puccinelli e Dilma trocaram gentilezas e deixaram no ar a sensação de que o clima político poderia mudar em Mato Grosso do Sul após o encontro que contou também com a presença do ministro Aloizio Mercadante (Educação).
Essa tendência, no entanto, não acaba com o clima de disputa entre peemedebistas e petistas no Estado, embora os dois partidos sejam aliados no plano nacional. Por enquanto, ainda não se sabe se haverá uma recomendação presidencial para que haja uma trégua nas críticas entre os candidatos dos dois partidos durante o período da campanha.
O PT, por exemplo, trabalha forte na tentativa de eleger o senador Delcídio do Amaral, enquanto o PMDB enfrenta divergências internas por conta do interesse mútuo das candidaturas do ex-prefeito de Campo Grande e secretário Estadual de Articulação de Desenvolvimento Regional e dos Municípios, Nelsinho Trad, e da vice-governadora Simone Tebet.
Também existem nos bastidores tentativas de entendimentos visando uma aliança entre Delcídio e André Puccinelli, fato que provocou polêmica nos quadros das duas legendas, mas que, contudo, divide opiniões dos principais expoentes petistas e peemedebistas.
Enquanto grupos moderados não vêem problema na união entre os adversários, xiitas dos dois partidos rechaçam veementemente a ideia sob argumento de que a população não iria entender uma coligação entre rivais históricos.
Antes um dos maiores opositores dessa tese, o vereador de Campo Grande e ex-governador Zeca do PT, até acha viável uma aliança com o PMDB, desde que o acordo não envolva André Puccinelli.
O que ele é extremamente contrário é uma coligação com o PSDB do deputado federal Reinaldo Azambuja. A justificativa é que PT e PSDB, além de adversários ferrenhos no plano nacional, devem se enfrentar mais uma vez nas eleições ao Palácio do Planalto em 2014. Particularmente, os deputados estaduais Pedro Kemp e Amarildo Cruz asseguram que não há problema de suas partes, alegando que o PT não pode rejeitar apoio ao projeto de reeleição de Dilma.




