Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Quarta, 24 de Dezembro de 2025

Política

Bolzan vai recorrer de decisão, espera efeito suspensivo para continuar mandato e tentará reeleição

A eleição foi marcada por questionamentos dos adversários que tentaram anular o resultado na Justiça.

Flávio Paes /Região News

20 de Julho de 2016 - 11:00

Com o mandato cassado pelo TRE, por infidelidade partidária, Sérgio Bolzan, está confiante que seus advogados conseguirão reverter esta situação, com um efeito suspensivo no próprio Tribunal para continuar exercendo seu mandato até o julgamento  do recurso no Tribunal Superior Eleitoral.

“Decisão da Justiça não questiono. Deixo ao encargo dos advogados. Estou tranqüilo e mais empenhado ainda em buscar minha reeleição”, avalia Bolzan, admitindo que sabia dos riscos que corria quando resolveu deixar o PT em dezembro do ano passado, fora do prazo da janela partidária.

“Independente de provas de perseguição, o fato é que resolvi sair do partido após 12 anos de militância, porque não estava me sentindo bem com cobranças e críticas. Isto é como casamento, chegou na hora que o melhor mesmo é o divórcio”, avalia. Bolzan, que divide o exercício do mandato, com o de sindicalista (é o presidente licenciado do sindicato que representa mais de 2 mil funcionários da JBS), entrou no PT em 2004, quando foi candidato a vereador quando o partido apoiou a candidatura a prefeito de Ademir Osiro. Na época obteve 182 votos e não conseguiu se eleger.

Na eleição de 2012, se somou ao grupo de petistas que se insurgiu contra a decisão do partido de coligação com o PMDB (tendo indicado Jean Nazareth como vice do empresário Acelino Cristaldo), preferiu o alinhamento com o candidato do PSDB, Enelvo Felini. Mesmo não podendo subir no palanque de Enelvo, fez campanha para Enelvo e teve o apoio dos tucanos para se eleger, junto com o assentado Edivaldo dos Santos, que também deixou o PT.

Bolzan, numa demonstração de lealdade ao grupo que ajudou na sua eleição, não quis se somar aos seis vereadores eleitos na chapa de Acelino, para assumir a presidência da Câmara. Preferiu não votar nele mesmo para o comando do Legislativo, garantindo a eleição de Ilson Peres, prefeito interino por 90 dias, durante a campanha para a eleição suplementar de abril.

Em fevereiro de 2014, conseguiu se reeleger com 48,47% dos votos, presidente do  Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes de Sidrolândia (SINDAVES), mantendo uma hegemonia que se estenderá até março de 2018. A eleição foi marcada por questionamentos dos adversários que tentaram anular o resultado na Justiça.