Construtora contrata 20 funcionários e planeja terminar obras de anexo da Câmara em 3 meses

A Construbras, empreiteira responsável pela construção do anexo da Câmara Municipal de Sidrolândia, decidiu não esperar o aditivo do contrato solicitado à Mesa Diretora, preferiu acelerar o serviço para entregar o prédio em três meses. A obra que desde janeiro está sendo tocada lentamente, a partir de agora contará com 20 trabalhadores e dentro de 10 dias, os gabinetes dos vereadores ficarão em condições de serem utilizados, conforme previsão do supervisor da obra, Edson Lessoni Pedroso.

O Legislativo está pagando R$ 2.400,00 por mês pelo aluguel de quatro salas na Galeria Augusta, onde oito vereadores se instalaram. Os gabinetes construídos no anexo, alagaram, danificando a pintura, com a chuva forte registrada no último dia 22 de abril. O contrato de locação vai até dezembro, gerando uma despesa acumulada de R$ 22 mil.

O presidente da Câmara, Ilson Peres, contratou o perito Eduardo Aleixo, para ele fazer avaliação das condições da obra e um laudo sobre o custo contratado, R$ 699 mi. Ele se recusou a atender o pedido da empreiteira de um aditivo de 25%, que garantiria à Construbras mais R$ 174 mil para concluir o serviço, até o perito apresentar seu laudo.

“Vou pagar a mais aquilo que a lei me autorizar e o perito considerar justo”, afirma. O próprio perito antecipou que a obra está com uma defasagem de 58%: a empreiteira cobrou R$ 828,00 pelo metro quadrado, quando o valor compatível com os gastos, seria R$ 1.300,00. Conforme o supervisor da obra, Edson Lessoni, a obra não tem nenhum problema estrutural.

Os gabinetes teriam alagado porque não estava pronto o encanamento do telhado para escoamento da água da chuva, além de uma telha ter quebrado. Será refeita a pintura danificada, concluída a instalação elétrica, serão assentados os azulejos nas escadas, terminado o plenarinho, além de ser terminado o térreo onde fica a garagem.

Para o ex-presidente da Câmara, Jean Nazareth, que licitou e deixou à obra quase pronta, a Mesa Diretora se precipitou alugando salas para improvisar gabinetes e contratando um perito. “Está havendo desperdício do dinheiro público. O novo prédio não tem problemas estruturais, faltava basicamente o acabamento. O anexo poderia pronto e sendo utilizado há pelo menos dois meses”, comenta o ex-prefeito. Confira em vídeo a reportagem sobre o anexo da Câmara.