Cortar gastos com pessoal em 30%; extinguir Secretarias são “mandamentos” de Anache para Basso

O vereador Mauricio Anache, líder do PSDB na Câmara, tornou público na sessão desta segunda-feira (13), o documento que vai encaminhar ao prefeito de Sidrolândia, Ari Basso, com medidas que ele julga necessárias para livrar do fracasso a administração tucana na Prefeitura de Sidrolândia, hoje na sua avaliação, tropeçando na falta de uma gestão profissional.

A “receita” prescrita pelo pediatra vereador prevê remédios amargos, quase todos impopulares, que desagradam principalmente quem esteve no palanque do prefeito eleito e foi contemplado com cargos na máquina administrativa. Contrariam também financiadores de campanha e setores da sociedade acostumados com o patrocínio público a eventos e promoções.

Os primeiros três “mandamentos” sugeridos ao prefeito pelo Dr. Maurício envolvem medidas para redução da máquina administrativa, que o governo do PSDB inchou (foram mais de 800 contratações) como instrumento para ganhar a eleição suplementar.

O vereador tucano propõe o corte de 30% das despesas com salário; extinção de três das 10 secretarias e suspensão do adicional por dedicação exclusiva que garante gratificação de até 50% para servidores comissionados. Entre os beneficiados com o penduricalho, está justamente o homem forte do Governo, o coordenador da administração municipal, Enelvo Felini.

Hoje a folha de pagamento da Prefeitura ultrapassa R$ 4,7 milhões, comprometendo quase 70% da receita líquida, quando a Lei de Responsabilidade Fiscal limita os gastos em 51,02%. O vereador propõe também que a Prefeitura zere suas despesas com propaganda e publicidade, suspendendo o processo de licitação para escolha da agência que responderá pelo marketing da administração.

A empresa vencedora vai gerenciar um orçamento estimado em R$ 800 mil até dezembro. Só a Rádio Pindorama recebe mais de R$ 17 mil por mês, para divulgar as ações do Governo, abrir espaço aos secretários e manter longe dos seus microfones qualquer resquício de crítica às ações da gestão tucana.

Ele defende a suspensão de repasses da Prefeitura para custear eventos como a exposição agropecuária de Sidrolândia (que em média custa aos cofres públicos R$ 130 mil); gastos com locação de veículos, como o previsto na licitação aberta pela administração municipal que podem custar R$ 1 milhão ao longo de um ano. 

O vereador também propõe a revisão do IPTU, com objetivo de aumentar a tributação sobre imóveis de alto padrão. A medida, por conta do principio anterioridade fiscal, só se aplicaria a partir de 2014. Dr. Mauricio também identificou sinais de incompetência administrativa e falta de uma gestão profissional, com o envio à Câmara de projetos incompletos, que os vereadores foram obrigados a devolver ao Executivo para serem refeitos. “É uma atitude no mínimo, de desrespeito ao parlamento”, argumenta.