Política
David diz que PSDB esnobou PDT e quer partido no palanque do PMDB
O presidente da Câmara lembra que embora desde março não tenha espaço no Governo, o PDT tem mantido uma postura republicana.
Flávio Paes/Região News
21 de Julho de 2016 - 16:29
Embora seja o detentor da maior bancada na Câmara, ocupe a Presidência do Legislativo, a duas semanas do prazo final para realização de convenções, o PDT continua sendo ignorado pelos articuladores políticos do PSDB que até agora não sinalizaram interesse em atender as demandas do partido para compor uma aliança.
Ainda na quarta-feira, quando o ex-prefeito Daltro Fiuza confirmou que desistiu de disputar a eleição, o virtual candidato Acelino Cristaldo, esteve na casa do presidente pedetista vereador Waldemar Acosta, quando durante mais de duas horas tentou convencê-lo a encampar o projeto eleitoral do bloco de oposição.
A avaliação é do vereador David Olindo, presidente da Câmara, lembrando que enquanto isto, o PMDB, não só concordou em atender as reivindicações do partido (a indicação do vice na chapa e as secretarias de Educação e Desenvolvimento Rural, num eventual governo). "Mais do que isto, mostrou disposição de ouvir nossas propostas de Governo, a exemplo do que fez o dr. Marcelo, pré-candidato do PSL.
Já os tucanos parecem que não querem nos ver por perto", avalia David, que enquanto com os outros partidos a conversa foi com os pré-candidatos a prefeito, até agora a única conversa com o PSDB foi com o empresário Moacir Hernandes, "que pra mim não representa o governo politicamente", dispara.
Outro episódio que reforçou o sentimento do PDT de que o PSDB não tem valorizado o peso político do partido no projeto de reeleição do prefeito, foi vivenciado em Campo Grande pelo vereador Waldemar Acosta, presidente da Executiva Municipal. A pedido do prefeito Ari Basso Waldemar agendou uma reunião com o conselheiro aposentado João Leite Schimidt, principal mentor do partido em Mato Grosso do Sul.
Para surpresa de todos, além do secretário de Governo, Daniel Alves, o prefeito levou para a reunião o presidente municipal do PROS, Alcione Martins, exatamente o titular da Secretaria Infraestrutura que até março era comandada pelo ex-vereador Antônio Galdino, indicação pedetista. Além da testemunha de um partido concorrente, a conversa foi frustrante, porque não foi conclusivo. "A impressão é que literalmente estão nos cozinhando em fogo baixo", admite Waldemar.
Já declarado favorável à aliança com o PMDB, David Olindo faz questão de dizer que seu posicionamento não tem nada pessoal contra o prefeito Ari Basso, a quem julga como um homem honesto e empenhado em fazer o melhor por Sidrolândia. A questão é política. O PDT está entre os três maiores partidos da cidade. Tem uma militância forte, candidatos competitivos, que almeja manter e ampliar seu espaço. Sabemos da nossa força e por isto, não vamos ficar esperando por migalhas", comenta.
O presidente da Câmara lembra que embora desde março não tenha espaço no Governo, o PDT tem mantido uma postura republicana. "Nossa bancada aprovou projetos do Executivo, mesmo aqueles impopulares, porque houve o entendimento de que eram importantes para a cidade. Nos últimos dois anos cumpri o papel de líder do Governo, sendo responsável pela articulação da tramitação da maioria dos projetos. Mesmo assim, não estamos merecendo, por parte do Governo o devido respeito", conclui.




