Política
Delcídio vê dificuldades em ter André Puccinelli em sua chapa em 2014
Teoricamente, a ideia seria o PT homologar em convenção aliança com o PMDB, que indicaria os candidatos a vice-governador e ao Senado na chapa majoritária encabeçada por Delcídio.
Willams Araújo/Conjuntura Online
06 de Maio de 2013 - 08:05
Apesar do esforço concentrado entre os principais líderes políticos nacionais do PT e do PMDB em selar uma aliança em Mato Grosso do Sul, os dois grupos adversários enfrentam forte resistência na instância estadual visando concretizar o sonho da presidente Dilma Rousseff de montar um só palanque no Estado.
Particularmente, o senador Delcídio do Amaral (PT) vê dificuldade dentro do seu partido em montar uma chapa majoritária da qual faça parte o PMDB, liderado pelo governador André Puccineli.
Nas conversas com partidos é natural que eu procure compreender porque há este posicionamento contrário a qualquer aliança com o PMDB, afirmou Delcídio em entrevista em Campo Grande, em menção a restrição de correligionários e partidos aliados ao eventual alinhamento político com os peemedebistas.
Teoricamente, a ideia seria o PT homologar em convenção aliança com o PMDB, que indicaria os candidatos a vice-governador e ao Senado na chapa majoritária encabeçada por Delcídio.
Nesse caso, o governador disputaria o Senado no mesmo palanque de Delcídio, visto hoje por analistas como favorito na corrida sucessória estadual devido ao cenário político atual em Mato Grosso do Sul, principalmente depois que o PMDB perdeu uma hegemonia de mais de duas décadas na Capital.
A costura política envolvendo os dois adversários esbarra em divergências internas dentro do PT, do PMDB, do PDT, e de outros partidos, embora nos quadros peemedebista exista melhor tolerância. O presidente da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos (PMDB), por exemplo, é um dos principais defensores da aliança com o PT.
O vereador e ex-governador Zeca do PT, um dos expoentes do partido no Estado, é considerado como a pedra no sapato de eventuais aliança, como com o PSDB, por exemplo. No entanto, acha possível uma união com o PMDB, que é adversário histórico, desde que a aliança não envolve o governador André Puccinelli.
Zeca rejeita coligação com o PSDB, cujo partido se articula para oficializar a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência da República e, provavelmente, o deputado federal Reinaldo Azambuja ao governo do Estado.
Não tem como nos aliançar com aqueles que sempre exploraram o povo brasileiro. Estou falando concretamente do PSDB, um partido que sempre trabalhou para interesses que não são dos mais humildes. Portanto, eu sou contra aliança com o PSDB e isso significa discutir aliança com o PMDB, temos uma aliança nacional, podemos muito bem discutir isso aqui, excluindo o André, o André não é o PMDB, declarou Zeca.
Para ele, uma dobradinha entre Delcídio, ao governo, e Puccinelli, ao Senado, resultaria na derrota do PT. Acho que a sociedade não vai entender e é um risco enorme para a gente perder a eleição, previu o ex-governador.
Da mesma forma, o presidente regional do PDT, João Leite Schmidt, avisou, ao tomar posse no comando do partido esta semana, que se Delcídio e André se unirem, seu grupo político apoiará outro projeto político na disputa ao governo do Estado em 2014. (Com informações do Midiamax)




