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Política

Depois das demissões, Prefeitura prepara reforma administrativa e pode reduzir Secretarias

Só a manutenção da máquina, com 10 secretarias, três coordenadorias com status salarial de secretário, custa aos cofres públicos R$ 462 mil.

Flávio Paes/Região News

14 de Julho de 2013 - 22:11

Os cortes de despesas que o prefeito de Sidrolândia Ari Basso (PSDB) está promovendo para reequilibrar as contas da administração municipal, vão muito além da dispensa de 125 servidores e o corte de gratificações, medidas que serão oficializadas na edição desta segunda-feira do Diário Oficial.

É possível que as demissões não se esgotem nestas exonerações, podendo haver nova leva de dispensas,  que somadas a estas já oficializadas,  atinjam 300 funcionários. Também haverá um forte choque nos gastos de custeio com a reforma administrativa que está sendo preparada e que deve ser enviada à Câmara em agosto, na volta dos trabalhos legislativos.

Só a manutenção da máquina, com 10 secretarias,  três coordenadorias com status salarial de secretário, custa aos cofres públicos R$ 462 mil, sem computar os gastos com pessoal. Embora o projeto de reforma ainda esteja sendo formatado, podendo sofrer alteração até sua finalização, mas tudo leva a crer que o prefeito pretende fundir as secretarias de Infraestrutura e Serviços Urbanos; de Finanças com Administração; além de juntar as coordenadorias de Habitação com Planejamento.

A coordenadoria de Políticas Públicas da Mulher pode ser extinta e suas funções seriam absorvidas por um departamento da Secretaria de Assistência Social. O mesmo destino pode ter a Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer, com a transferência desta área de atuação para um setor da Secretaria de Educação.

Segundo informações de bastidores, diante da queda na arrecadação, não há como manter a atual estrutura administrativa. “A Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer, por exemplo, não tem verba para comprar uma bola. A coordenadoria da Mulher, que se dedica a organizar um evento anual, o comemorativo ao Dia Internacional da Mulher, em 8 de Março,  enfrenta a mesma situação”, relata uma fonte que pediu pra não ser identificado.

A atual estrutura da Prefeitura tem uma máquina pesada e dispendiosa que o ex-prefeito Daltro Fiúza (PMDB) criou mais como forma de acomodação política de partidos aliados (PDT e PT principalmente), que propriamente em função de melhorar a eficiência dos serviços públicos.

A Secretaria de Obras foi desdobrada em duas (Infraestrutura e Serviços Urbanos), para inicialmente acomodar o PDT, foi criada as secretarias de Desenvolvimento Rural (com foco nos assentamentos, mas principalmente para contemplar o PT do ex-vereador Jean Nazareth), enquanto a Assistência Social ficou com  o grupo  liderado por Márcio Marqueti.

A Prefeitura gasta hoje, por exemplo,  R$ 45 mil mensais com aluguel de imóveis onde funcionam repartições públicas; R$ 20,1 mil de telefone;  R$ 103 mil de energia elétrica; R$ 32,8 mil de gasolina; R$ 13 mil de locação de veículos; R$ 18 mil de aluguel de impressoras e R$ 22 mil da conta de água.