Política
Eleições suplementares registram casos curiosos em Mato Grosso do Sul
Em Jardim, estão em campanha pela prefeitura Erney Bazzano Barbosa (PT), Gláucio Cabrera (DEM) e Lizangela Blaya de Mello (PDT).
Willams Araújo
27 de Maio de 2013 - 07:42
As eleições suplementares marcadas para o dia 7 de julho em razão da cassação do mandato de prefeitos eleitos em outubro do ano passado, registram fatos curiosos em Mato Grosso do Sul.
Cassados pelo TRE/MS (Tribunal Regional Eleitoral) sob acusação de abuso de poder econômico e aliciamento de eleitores em Caracol, o prefeito, Manoel Santos Viais (PT), e o vice-prefeito Horário Júnior (PSDB) agora são cabos eleitorais de suas esposas Célia Viais e Cristina Rodrigues Godoy (PSDB), que disputam a prefeitura.
Além de Célia e Cristina, registrou candidatura em Caracol Bento Afonso (PSL), que foi adversário do prefeito cassado nas eleições de outubro do ano passado. O TRE/MS deferiu o pedido de cassação dos dois sob o fundamento de que teriam distribuído camisetas durante uma carreata realizada na cidade.
Manoel Viais e Horácio Junior foram eleitos com 2.405 votos, o que corresponde a 58,83% dos votos válidos. Como eles atingiram mais de 50% dos votos, a Justiça Eleitoral decidiu por novo pleito em Caracol, a exemplo de outras cidades do Estado, como Jardim, Bela Vista e Figueirão.
Em Jardim, estão em campanha pela prefeitura Erney Bazzano Barbosa (PT), Gláucio Cabrera (DEM) e Lizangela Blaya de Mello (PDT). Os diplomas do prefeito Marcelo Henrique de Mello (PDT) e seu vice, Erney Cunha Bazzano Barbosa (PT), foram cassados em razão de captação ilícita de votos, caracterizada pelo fornecimento de produtos alimentícios com o intuito de obter votos ao então candidato a prefeito.
Os candidatos foram eleitos com 53,31% dos votos válidos.
Registraram candidatura na cidade de Bela Vista Olga Terezinha Biachi Zacarias (PMDB), Orlanda Freitas dos Santos (PHS) e Reinaldo Miranda Benites (PSDB). Lá, o TRE/MS cassou o prefeito Abraão Zacarias (PMDB) e o vice Luis Alexandre Loureiro (DEM), por configuração do abuso de poder, em razão do uso indevido e reiterado do jornal eletrônico Fronteira News, para promoção pessoal dos candidatos, o qual veiculava matérias idênticas da página oficial de suas campanhas, fato que teria comprometido a lisura e a legitimidade do pleito.
Abraão Zacarias e Luis Alexandre foram eleitos com 50,331% dos votos válidos. Já na cidade de Figueirão estão em campanha para prefeito Neilo Souza da Cunha (PMDB), Benício Furtado (PT) e Juvenal Consolaro (PTB). No dia 22 de abril, a Justiça Eleitoral cassou os mandatos do prefeito Getúlio Furtado Barbosa (PMDB) e do vice-prefeito Rogério Rosalin (PMDB).
Como eles obtiveram mais de 50% dos votos, o órgão também aprovou a realização de novas eleições na cidade, que tem 2.487 eleitores. De acordo com o TRE/MS, Furtado efetuou a contratação irregular de servidores para cargos comissionados e temporários sem concurso público ou processo seletivo simplificado. Ele teria trocado os cargos por votos.
NOVOS PREFEITOS
No dia 3 de março deste ano, os eleitores voltaram às urnas para escolher os novos prefeitos de Bonito e Sidrolândia em razão da cassação do registro de candidatura de Geraldo Marques (PDT) e Enelvo Felini (PSDB), sendo eleitos respectivamente Leonel Lemos de Souza Brito, o Leleco (PT do B), e Ari Basso (PSDB).
Ari Basso foi eleito com 57,44% dos votos válidos (13.191) no confronto com Acelino Cristaldo (PMDB), que ficou com 42,56% (9.772). Leleco saiu vitorioso com 50,82% dos votos válidos (6.229), ficando o candidato Odilson de Arruda Soares (PSDB) com 49,18%, representando 6.027 votos.




