Política
Em Campo Grande, Marina prega política de projetos e menos poder aos partidos
Midia Max
27 de Março de 2013 - 13:31
Em Campo Grande nesta terça-feira (26), a ex-senadora Marina Silva pregou que política deve ser feita na base de projetos e defendeu menos poder aos partidos políticos. Sobre a possibilidade de concorrer à sucessão da presidente Dilma Rousseff (PT), ela evitou confirmar a pré-candidatura e reforçou que a prioridade é discutir propostas e montar a Rede Sustentabilidade.
Considero inadequada a antecipação de candidatura, a eleição municipal mal acabou, os prefeitos mal sentaram na cadeira e estão discutindo conjuntura. Isso é a maior demonstração de que pessoas só buscam fazer eleição por eleição e disputa do poder pelo poder, criticou Marina, em entrevista coletiva.
Para ela, antes de pensar em candidatura e alianças, os partidos precisam definir bandeiras e propostas para sustentar na campanha. Como pode fazer coligação se nem discutiu o programa?, questionou. A questão não é discutir quem tem dinheiro, tempo de coligação, tem que discutir projetos, completou.
Ainda em tom crítico, Marina observou o poder dos partidos nas administrações públicas. São 39 ministérios e cria-se mais para abrigar novos partidos, lamentou. Os partidos trocam o ministro e continuam escolhendo quem mandará. Esse monopólio precisa acabar, defendeu.
Neste sentido, Marina destacou que uma das propostas da Rede é garantir 30% das vagas de candidatos a nomes independentes. O partido também defenderá a limitação de mandato, dois (mandatos) por políticos, teto de financiamento de campanha e a quebra do monopólio dos partidos. Passados 10 anos, a proposta é voltar a analisar o partido para avaliar a continuidade.
Candidatura
Indagada se pensa em concorrer à Presidência, Marina declarou-se muito satisfeita com adesão das pessoas. Conforme apontam pesquisas de opinião pública, ela é a segunda colocada em disputa com Dilma e Aécio Neves (PSDB-MG). As pessoas estão sinalizando o reencontro com desejo de fazer política, destacou.
Nem por isso, Marina confirmou o projeto. Nem penso nisso, primeiro vamos fazer o partido, frisou. Sobre a hipótese de a nova legenda não vingar, ela prefere não trabalhar com tal possibilidade. Acredito que o partido vai se firmar, opinou.
Em relação ao rumo da Rede em Mato Grosso do Sul e a adesão de políticos, Marina disse que não quer falar em nomes. Não quero falar em quem vai aderir. As pessoas estão vindo por identidade programática e todos que vêm são de certa maneira independente. Vamos votar para o bem do Brasil e votando contra quando for para o mal, como foi o Código Florestal, disse.
Integrante do Conselho Provisório Nacional da Rede, a advogada e professora Universitária, Tatiana Ujacow, recebeu Marina em Campo Grande. Segundo ela, a meta é conquistar em Mato Grosso do Sul 10 mil assinaturas em apoio à criação da Rede.
Temos 10% das 500 mil assinaturas necessárias, adiantou Marina, que percorre o Brasil em busca de adesões. Antes de vir a Campo Grande, ela passou por São Paulo, Rio de Janeiro, Belém e Manaus.




