Política
Em discussão na Câmara, Rosangela chama David de autoritário e ele responde: a senhora é uma cobra verde. Ouça o áudio
O que provocou o desentendimento foi à proposta de David limitando em 22% a contribuição patronal para o Previlândia.
Flávio Paes/Região News
22 de Março de 2016 - 15:00
Os vereadores David Olindo (PDT) e Rosangela Rodrigues (PMDB) protagonizaram na sessão ordinária da última segunda-feira da Câmara de Sidrolândia uma acalorada discussão que em alguns instantes descambou até para ofensas pessoais. No centro da polêmica, estava emendas apresentadas por David ao projeto que reduziu de 26% para 17,60% a contribuição patronal da Prefeitura ao Previlândia. Irritado, David desligou mais de uma vez o microfone de apartes, cassando a palavra de Rosangela, impedindo que continuasse contestando as propostas. Também a impediu de intervir em algumas ocasiões alegando que não havia lhe concedido à palavra.
Chamado de autoritário pela vereadora, David não hesitou em revidar verbalmente: mais de uma vez, chamou Rosangela de cobrinha verde, que não a temia porque seu veneno não mata. Voltou a repetir o apelido ofídico, quando a vereadora reclamou que o presidente havia excedido os cinco minutos regimentais, quando se pronunciou na tribuna em defesa das emendas.
O que provocou o desentendimento foi à proposta de David limitando em 22% a contribuição patronal para o Previlândia e a sua tentativa de aplicar de forma retroativa a 2015, a redução da alíquota de 25% para 17,60%, o que obrigaria o Instituto a ressarcir ao Executivo e à Câmara, aproximadamente R$ 1,2 milhão, valor a ser abatido das futuras contribuições.
Na avaliação de Rosangela o limite de 22% é fixado pela Constituição (a contribuição patronal não pode exceder ao dobro da contribuição dos funcionários que é de 11%), não havendo necessidade de a legislação municipal trazer este dispositivo. A contribuição patronal não tem nada a vê com a contribuição adicional, calculada em cima do cálculo atuarial, explicou.
David acusa a vereadora Rosangela de ter aprovado muita coisa sem lei e ter deixado passar muita bandalheira e está respondendo por isto. Ele voltou atacar a vereadora quando ela contestou a decisão do presidente de retirar a emenda da retroatividade da contribuição de 17,60%, antes de colocar as propostas em votação. Esta é uma manobra porque o senhor percebeu que suas emendas seriam rejeitadas, sustenta Rosangela. Só na sua cabeça é que o processo de votação começou. Estamos na fase das discussões, rebateu Olindo.




