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Política

Kassab garante não ter cogitado tirar de Antonio João do PSD de MS

Antonio João adiantou a Kassab que pode ser candidato a deputado e recebeu a garantia de que terá apoio do presidente nacional do PSD

Assessoria

06 de Junho de 2013 - 14:11

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, garantiu ontem em conversa  com o presidente  do PSD /MS o empresário e jornalista Antônio João Hugo Rodrigues   a sua manutenção no comando estadual do partido, desmonta a manobra do ex-deputado federal e atual secretário nacional do PSD, Saulo Queiroz, de tentar tomar a presidência em Mato Grosso do Sul para defender os seus interesses pessoais.

Antônio João ressaltou a Kassab a instabilidade que Saulo causou no partido ao espalhar estar assumindo o comando do PSD no Estado, sem nenhum conhecimento de suas lideranças locais.  Segundo o dirigente estadual, existem vários vereadores e um deputado estadual interessados em migrar para o PSD, além de um deputado federal “namorando” a mudança para o partido.

“Saulo causou uma instabilidade entre nossos mais de seis mil filiados  ao dizer que eu sairia até fim de junho do PSD”, afirmou o ex-senador. Para o dirigente estadual, ninguém deseja o secretário nacional à frente do PSD no Estado. “Ele (Saulo) não tem domicílio eleitoral aqui, não tem nada. Como ser candidato em MS? Se ele vier, 80% cai fora”, pontuou.

O presidente nacional do Partido Social Democrático (PSD) Gilberto Kassab  garantiu apoio  a   permanência de Antônio João  no comando do  PSD/MS, sinalizando e  deixando claro que é ele quem comanda o PSD e   que esta satisfeito  com o desempenho   em Mato Grosso do Sul.

Resultado pífio

Para justificar sua tentativa, Saulo Queiroz falou que o PSD teve um resultado "pífio" no Estado nas eleições de 2012, e apontou Antônio João como culpado pelo resultado.  “Elegemos a segunda maior bancada na Câmara da Capital (três vereadores) sozinha, sem ajuda de Saulo. Resultado pífio foi ele por não ter conseguido se eleger senador e deputado federal”, rebateu o presidente regional.

O PSD de Mato Grosso do Sul formou diretórios municipais em 69 das 79 cidades no Estado. Na sua primeira disputa eleitoral, elegeu um prefeito e três vice-prefeitos e 58 vereadores em 39 municípios do Estado. O partido ainda pode eleger mais um vice-prefeito, em Figueirão, na eleição suplementar que será realizada no dia 7 de julho, em coligação com o PT. Mesmo obtendo tempo de propaganda partidária (rádio e tv) no limiar do início do processo eleitoral em 2012, o partido conquistou excelente desempenho nos principais colégios eleitorais do estado, elegendo vereadores em todos eles.

Em Campo Grande, a sigla fez quase 30 mil votos, conseguindo eleger três vereadores: Vanderlei Pinheiro de Lima, conhecido por Delei Pinheiro, o qual foi o quinto mais votado com 6.939 votos, Francisco Almeida Telles, o Chiquinho Telles, obteve 3.729 e Ademar Vieira Júnior, o Coringa, entrou para a Casa de Leis com 3.127 votos.  Segundo o presidente regional do PSD. E em Corumbá, por exemplo, além da vice-prefeita Márcia Rolon, elegeu dois vereadores, sendo Marcelo Iunes presidente da Casa. "Isso, porque se formos escrever todos os resultados, fica inquestionável", enumerou.

Para Antônio João, a alegação de "desempenho pífio", cai por terra, “em singela análise dos números finais da Eleição Municipal 2012, pois o partido embrionário, em sua primeira eleição, quando praticamente dobrou o numero de vereadores que haviam aderido ao PSD”. 

O presidente do PSD, Antônio João,  evitou  polemizar ainda mais  com o secretário do  PSD, mas lembrou  “Quando fomos  candidatos ao senado  ele apoiava o adversário Pedrossian, que foi derrotado e talvez tenha ficado alguma magoa dessa eleição,  só tenho a agradecer  o meu presidente  Kassab pela confiança”,  finalizou Antônio João.