Política
Licitação da ferrovia que ligará Maracajú a Cascavel agrada Moka
O parlamentar comentou os protestos de produtores rurais realizados durante a visita da presidente ao estado
Willams Araújo
02 de Maio de 2013 - 10:16
O anúncio da licitação da ferrovia que ligará Maracaju a Cascavel (PR) feito pela presidente Dilma Rousseff em Campo Grande no começo da semana agradou ao senador Waldemir Moka (PMDB). A ferrovia possibilita o acesso das mercadorias sul-mato-grossenses ao porto de Paranaguá (PR).
Em discurso na tribuna do Senado, Moka também destacou a promessa de colocar no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) a rodovia BR-419, que liga os municípios de Rio Verde e Jardim.
A manifestação do senador ocorreu na última terça-feira (30), quando agradeceu à presidente Dilma Rousseff pela visita a Mato Grosso do Sul. Ela esteve em Campo Grande segunda-feira (29) para anunciar uma série de investimentos no Estado.
Moka destacou a entrega de 300 ônibus escolares aos prefeitos dos 79 municípios do Estado. O senador afirmou que o governo de Dilma trouxe avanços nas áreas sociais e econômica. Mas espera mais investimento em infraestrutura.
Ele disse que a ferrovia irá baratear bastante o custo do transporte dos produtos do estado, muito encarecidos pelo transporte rodoviário, modal que, segundo ele, é antieconômico em distâncias acima de 200 quilômetros.
Moka agradeceu a promessa de construção da rodovia, um pleito do governador André Puccinelli (PMDB) que, de acordo com o senador, trará novas oportunidades para os municípios de fronteira e para os jovens que neles habitam, hoje presas muito fáceis para os crimes de fronteira, como o contrabando e o narcotráfico.
O senador lembrou que o estado tem extensa fronteira seca com Paraguai e Bolívia. Para ele, que nasceu em Bela Vista, um município na divisa com o Paraguai, as regiões de fronteira no Brasil precisam de políticas diferenciadas.
O parlamentar comentou os protestos de produtores rurais realizados durante a visita da presidente ao estado. O senador disse que não é mais possível que a Fundação Nacional do Índio (Funai) continue realizando estudos para demarcações de reservas, cujas áreas previstas já somam 200 mil hectares.
De acordo com Moka, não há grileiros em Mato Grosso do Sul e os proprietários detêm os títulos de terras desde o loteamento da região, feito ainda pelo presidente Getúlio Vargas.
Ele propôs que as terras a serem demarcadas como áreas indígenas, em vez de serem expropriadas, sejam desapropriadas, com o devido pagamento de benfeitorias e da terra nua. Ele pediu ainda que qualquer nova medida somente seja tomada após o (Supremo Tribunal Federal) decidir sobre as diversas ações em tramitação sobre o assunto.




