Política
Na Câmara, Reinaldo cobra do governo ações para acabar com conflito entre índios e produtores
Para o tucano, as demarcações de terras indígenas têm sido realizadas sem critério lógico, com base em estudo antropológicos de duvidosa validade
07 de Maio de 2013 - 23:06
Em pronunciamento na tarde desta terça-feira na Câmara dos Deputados, Reinaldo Azambuja (PSDB) cobrou do governo federal ações concretas para solucionar os conflitos entre indígenas e produtores rurais em Mato Grosso do Sul.
A falta de normas precisas, objetivas, idôneas e isentas sobre novos processos de demarcações de terras indígenas proporcionou um clima de insegurança jurídica no País. Essa instabilidade está acirrando os conflitos, disse Reinaldo. Nós queremos, realmente, que reine a paz em Mato Grosso do Sul. E não o conflito que vemos, iminente, entre povos irmãos.
Para o tucano, as demarcações de terras indígenas têm sido realizadas sem critério lógico, com base em estudo antropológicos de duvidosa validade.
Segundo Reinaldo, todos estão perdendo com o impasse que se instalou no Estado não só indígenas e produtores, mas toda a sociedade. O prejuízo ao setor produtivo do Estado se reflete na situação socioeconômica dos municípios atingidos pelas demarcações.
Os povos indígenas devem tratados como cidadãos. Em condições sócio territoriais dignas e razoáveis, sairiam do analfabetismo e da miséria, alcançando condições de escolaridade superior ou profissionalizante que lhes proporcionaria a integração real na sociedade brasileira, afirmou.
No entanto, ressalvou o deputado, isso não interessa às Ongs estrangeiras, que se utilizam da atual situação dos povos indígenas para satisfazer os interesses das potências internacionais.
Responsabilidades
O parlamentar lembrou que o próprio Estado estimulou a ocupação de terras indígenas para expandir as fronteiras agrícolas. Grande parte das terras hoje ocupadas por agropecuaristas, à época, eram devolutas, ou seja, pertenciam à União. Se certo ou errado, o fato consumou-se. Portanto, não é dado a União valer-se da própria torpeza.
Em Mato Grosso do Sul, a Fundação Nacional do Índio (Funai) tem interesse em demarcar 10 milhões de hectares de terra fértil, em áreas que pertencem a 35 municípios. Tais demarcações comprometem seriamente a viabilidade econômica do Estado.
A região concentra parte substancial da produção rural de Mato Grosso do Sul, onde trabalham 30 mil agricultores, que responde por 60% da produção local de grãos.
As comunidades envolvidas, indígenas ou não, estão mergulhadas em conflitos cada vez mais acirrados, muitas vezes resultando em mortes, num quadro de violência e insegurança que se agrava dia a dia", lamentou Reinaldo.
É preciso dar um basta a essa situação de conflito entre irmãos que podem e devem conviver pacificamente, enfatizou o deputado. A União pode e deve arbitrar nessas questões, cobrou.




