Para David, família Felini praticou nepotismo e ouve nas ruas acusações de que cobra propina

Em resposta ao anúncio da vereadora Vilma Felini (PSDB) de propor a formação de comissão de ética para investigar se ele incorreu em quebra de decoro parlamentar ao insinuar que o vereador Waldemar Acosta (PDT) levou vantagens financeiras para assumir a liderança do Governo na Câmara, o vereador David Olindo (SDD), não se limitou a disparar sua metralhadora giratória contra a colega, estendeu as acusações ao marido dela, o ex-prefeito Enelvo Felini.

“A família Felini não tem moral para acusar ninguém”, conforme o parlamentar solidário, não só porque praticou nepotismo (quando Enelvo era secretário e Vilma vereadora), mas por ter “comprado” oito vereadores para cassá-lo no seu mandato anterior, exatamente por quebra de decoro.

Provavelmente numa estratégia para se livrar da obrigação, por interpelação judicial, de provar o que está sugerindo, David disse “ouvir nas ruas” informações de que a família Felini cobra propina de fornecedores da Prefeitura e exige de servidores contratados para cargos comissionados, parte dos salários que recebem.

Olindo admite que como autor do regimento interno da Câmara se blindou de manobras que pudessem levá-lo à cassação. Para isto seria preciso o apoio de 10 dos 13 vereadores, quórum maior, por exemplo, que o necessário para aprovar projetos de lei complementar, que precisa de 9 votos favoráveis.

“Eu fiz o regimento interno e não lembro de que tenha comissão de ética. Para mudar o regimento é necessária a iniciativa da Mesa Diretora. Ela pediu no plenário e o presidente nem levou em conta”.  E de forma irônica comentou: "A dona Vilma deve ter uma liderança expressiva na Câmara para propor. Não vou dormir esta noite".

David Olindo diz que não vai se intimidar e mostra convicção de que exerce uma liderança tal na Câmara, que sua orientação com certeza será acompanhada pela maioria dos vereadores.