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Política

Queda de popularidade da presidente Dilma não abala estrutura do PT em MS

De acordo com pesquisa divulgada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), Dilma teve uma queda de 22,9 pontos na popularidade de seu próprio governo.

Willams Araújo

17 de Julho de 2013 - 07:31

A queda acentuada na popularidade da presidente Dilma Rousseff, conforme nova pesquisa publicada ontem nos principais jornais do País, não deve abalar a estrutura do PT em Mato Grosso do Sul, embora exista a interpretação de que colocará em risco a costura de alianças em outros centros brasileiros.  De acordo com pesquisa divulgada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), Dilma teve uma queda de 22,9 pontos na popularidade de seu próprio governo.

Para analistas, a queda de popularidade da presidente impôs um freio na costura de alianças para sua reeleição em vários estados.  No entanto, o que se vê em Mato Grosso do Sul é um clima totalmente oposto,  momento em que o PT comemora a unidade dentro de seus quadros, indicando por ‘consenso ‘ o prefeito de Corumbá, Paulo Duarte, para assumir o comando do diretório regional.

“A indicação do prefeito Paulo Duarte pra presidência do PT/MS une o partido, iniciando um novo tempo que nosso Estado e o Brasil vivem. Ao contrário do que alguns apostavam, o PT/MS caminha pra unidade”, avaliou o senador Delcídio do Amaral, por meio de sua página no twitter.

O revés político nos quadros petistas ocorre dias após uma intensa movimentação em torno da sucessão do atual presidente do diretório regional, Marcus Garcia.  A queda de braço estava sendo travada tanto nos bastidores quanto publicamente entre Delcídio e o vereador de Campo Grande, Zeca do PT, ex-governador do Estado. Ambos interessados em controlar a legenda às vésperas das eleições para o governo.

O próximo diretório regional terá a incumbência de escolher os candidatos aos cargos majoritários (governador, vice e senador) e proporcionais (deputados estaduais e federais) no próximo ano.

Pré-candidato à sucessão do governador André Puccinelli (PMDB), Delcídio já havia se manifestado, também via twitter, a respeito de pesquisa divulgada no começo deste mês pelo instituto Datafolha, que apontou  queda de 27% na popularidade da presidente.  “Os dias atuais que o Brasil vive tornam voláteis quaisquer resultados de pesquisas”, disse à época, referindo-se as manifestações populares que ganharam as ruas do País.

Delcídio é a principal liderança do PT no momento para o confronto de 2014, quando o partido tentará destronar o PMDB, que está a quase sete anos no comando do Parque dos Poderes.  Por enquanto, o senador ainda não sabe quais serão seus adversários, até porque o PMDB ainda não definiu qual será o seu representante da disputa, entre o ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad, e a vice-governadora Simone Tebet.

O deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) também analisa a possibilidade de disputar o governo com apoio da cúpula nacional do partido, que orienta as instâncias regionais a lançar candidatura própria para dar respaldo ao senador Aécio Neves (MG), pré-candidato à Presidência da República. Outro ponto favorável ao PT no Estado é o eventual apoio de André Puccinelli à reeleição da presidente Dilma.