Política
Senadores discutem com Padilha critérios para contratação de médicos
Médicos que se prontificarem a atender nas regiões interioranas deverão receber ajuda de custo que poderá dobrar ou até triplicar os rendimentos no final do mês.
Campo Grande News
05 de Julho de 2013 - 16:39
Durante reunião na casa do senador Waldemir Moka (PMDB) com outros 15 senadores, na noite de ontem, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou que o governo federal anunciará na semana que vem os critérios para contratação de médicos para regiões mais carentes desses profissionais no País. Médicos brasileiros terão prioridade nas contratações, segundo Moka, e só no caso de vagas não preenchidas será aberto espaço para profissionais de outras nacionalidades.
O governo federal tem a intenção de trazer médicos de Cuba para atuar no interior do Brasil, mas, conforme o ministro, esses profissionais não poderão atuar em outras localidades. O médico que assumir o cargo terá que exercer a função somente no município para o qual se candidatou à vaga, explicou Moka, que é o presidente da Comissão de Assistência Social do Senado.
Médicos que se prontificarem a atender nas regiões interioranas deverão receber ajuda de custo que poderá dobrar ou até triplicar os rendimentos no final do mês. O ministro quer oferecer todas as condições para que essa carência seja suprida por médicos nacionais ou não, revelou Moka.
Como uma forma de solucionar o problema da falta de médicos no atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), Moka defendeu o acúmulo de cargos para os médicos militares, nesta sexta-feira, durante pronunciamento no plenário do Senado. Há um grande contingente de profissionais das Forças Armadas disponíveis nos locais mais carentes, impedidos de oferecer seus serviços à população em razão da exclusividade no atendimento a militares.
Isso se torna ainda mais relevante se pensarmos que, pela própria penetração das Forças Armadas no território nacional, muitas vezes o médico militar é o único profissional da saúde em uma vasta região. Permitir que assuma outro cargo é de altíssimo interesse público e permitir que seja remunerado por isso é um simples requisito de justiça, apontou o senador peemedebista.
Moka lembrou que há a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 122/11) em tramitação na Casa, que prevê a alteração na Constituição Federal para incluir a menção explícita à possibilidade de acumulação. A PEC já recebeu parecer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e está pronta para ser incluída na pauta da Comissão.
Fontes de financiamento - Os senadores também debaterem com os ministros as fontes de financiamento da saúde no país, defendendo especialmente que a União se comprometa a investir 10% da receita líquida. Desde que assumiu a presidência da Comissão de Assuntos Sociais, em fevereiro, Moka tem colocado o assunto em discussão. Não vou me cansar enquanto não ver a União obrigada a investir o mínimo de 10% de sua receita bruta na saúde, declarou.
Participaram do encontro com Padilha os senadores Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Lúcia Vânia (PSDB-GO), Ana Amélia (PP-RS), José Pimentel (PT-CE), líder do governo no Congresso; Acir Gurcaz (RO), líder do PDT; Pedro Taques (PDT-MT), Randolfe Rodrigues (Psol-AP), Luiz Henrique (PMDB-SC), Humberto Costa (PT-PE), Roberto Requião (PMDB-PR), Ruben Figueiró (PSDB-MS), Cícero Lucena (PSDB-PB), Casildo Maldaner (PMDB-SC), Vicentinho Alves (PR-TO) e Wellington Dias (PT-PI).




