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Política

Tereza Cristina diz que novo superintendente será técnico e condena cabide de emprego no Incra

Nos meios políticos tem se especulado que o novo superintendente passará pelo crivo da deputada.

Flávio Paes/Região News

19 de Junho de 2016 - 22:29

Vice-líder do Governo na Câmara Federal, integrante da bancada ruralista no Congresso Nacional, a deputada Tereza Cristina, garante que o novo superintendente do Incra terá um perfil técnico, com o  abandono de critérios políticos para a escolha do ocupante do cargo que precisa também ter trânsito junto aos movimentos sociais da reforma agrária, praticamente todos, sob a órbita de influência do PT, que foram decisivos na escolha do ex-superintendente que é funcionário de carreira da Agraer. Humberto Pereira, no cargo desde novembro passado, teve sua exoneração publicada na edição da última sexta-feira do Diário Oficial. 

"O INCRA não pode servir de cabide de emprego, inchado por indicações políticas". Na semana passada um dos movimentos sociais ocupou a sede Superintendência  em Campo Grande para cobrar a nomeação de um funcionário de carreira para comandar o órgão no Estado. 

Nos meios políticos tem se especulado que o novo superintendente passará pelo crivo da deputada. Ela garante que não há definição sobre o novo superintendente, mas antecipa o tipo de atuação que o Governo espera da autarquia. "Atuar em defesa da agricultura familiar e fazer com que os recursos cheguem até os assentados".

Asfixiado por contingenciamento de verbas e com paralisia que já dura três anos, o Incra previa no primeiro semestre deste ano a retomada da reforma agrária no Estado. O último assentamento criado foi o Nazareth na divisa de Sidrolândia e Nova Alvorada do Sul, sem nenhuma infraestrutura.

Só agora, mas de dois anos após as famílias receberem as áreas está sendo licitada a rede de água. Á maioria das 170 famílias moram em construções precárias (ou mesmo em barracos) porque as casas planejadas para a comunidade ainda não saíram do papel.

Os movimentos sociais pressionam pela criação de um assentamento no distrito do Quebra Coco, nos 8 mil hectares da usina Santa Olinda, desativada em junho de 2013, hoje arrendados para a produção de soja. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Rosa Marques, aproveitou a vinda da deputada a Sidrolândia, para pedir a ela que haja rapidez na nomeação do novo superintendente.

“O ex-superintendente tinha o apoio dos movimentos sociais, mas por conta das mudanças políticas com o afastamento da presidente Dilma Roussef (PT), foi exonerado”, informa. Como Humberto é filiado ao PT, sua permanência no cargo ficou inviabilizada.