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Política

Tucano preserva Dilma, exalta Delcídio, mas vê Azambuja fortalecido

No plano federal, de acordo com Figueiró, é prematuro avaliar as últimas pesquisas e achar que a presidente Dilma terá dificuldades para se reeleger

Willams Araújo

25 de Julho de 2013 - 11:00

Ao fazer uma exposição sobre o atual cenário político nacional, o senador Ruben Figueiró (PSDB-MS) preferiu preservar a presidente Dilma Rousseff, apesar da queda de sua popularidade; exaltou o peso expressivo do senador Delcídio do Amaral (PT) como candidato ao governo do Estado, mas avalia que os manifestos de rua desencadeados nos últimos dias só fortaleceram o nome do deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB). 

Durante entrevista à rádio Difusora Pantanal, no começo da semana, o senador disse que “o PSDB está  sentindo os ventos das mudanças e fará todo o esforço para viabilizar o nome de Reinaldo para ser candidato à sucessão do governador André Puccinelli (PMDB) em 2014.

Além de Delcídio e Azambuja, que também pensa no Senado, o cenário político futuro prevê a participação do PMDB nas eleições do ano que vem, embora o partido ainda esteja indefinido entre as candidaturas do ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad, e da vice-governadora Simone Tebet. 

Na entrevista, Figueiró ressaltou que a política é “dinâmica” e que qualquer análise mais consistente do quadro haverá necessidade de “esperar passar um tempo para olhar melhor o movimento das nuvens”.

PESQUISAS

No plano federal, de acordo com Figueiró, é prematuro avaliar as últimas pesquisas e achar que a presidente Dilma terá dificuldades para se reeleger, visto que “se ela ouvir as ruas e começar a atender as reais necessidades da população sua situação poderá mudar”.

Aliás, essa não é a primeira vez que o senador tucano poupa a presidente de críticas. No dia 26 de junho, Figueiró saiu em defesa de Dilma, que, um dia após, voltou atrás da proposta  de convocar um plebiscito que autorize uma Constituinte para fazer a reforma política no País.

"A decisão da presidente Dilma naturalmente foi para evitar maior polêmica num momento tão conturbado do qual a nação participa”, disse Figueiró, na ocasião, referindo-se a principal adversária política do PSDB, que se articula  forte na tentativa de embalar o nome do senador Aécio Neves (PSDB-MG) ao Palácio do Planalto.

Figueiró considera Dilma “uma pessoa bem intencionada, mas está sendo assessorada de maneira inadequada, levando a ter uma falsa percepção sobre o atual momento político brasileiro”.

Ele acha que o grande problema de Dilma cada vez mais será o seu partido, o PT, que tem enfrentado muitos problemas internos porque se “tornou absolutista”. “O poder absoluto corrompe absolutamente”, reiterou, enfatizando que “isso provoca o envelhecimento das ideias e das lideranças partidárias”.

Neste aspecto, ele disse que a sociedade indicou aos políticos o que deseja para o País daqui pra frente, reivindicando alterações profundas em relação aos “modelos antigos”.  “Vivemos num mundo global e as instituições democráticas devem se adaptar, buscando ser mais transparentes, eficientes e rigorosas com os recursos públicos”, afirmou.