Saúde
Com 52 vagas, Mato Grosso do Sul tem 1.097 profissionais inscritos
Se os profissionais escolherem atuar no Estado, a concorrência será de 21 candidatos por vaga; prazo para seleção de municípios termina segunda.
Correio do Estado
02 de Junho de 2023 - 13:45
Quase 1,1 mil profissionais de Mato Grosso do Sul se inscrevem para o programa Mais Médicos, que tem 52 vagas disponíveis no Estado.
Caso todos os médicos que residem em Mato Grosso do Sul optem por trabalhar em municípios locais, a concorrência seria de 21 candidatos por vaga.
No entanto, o Ministério da Saúde esclarece que o número de 1.097 é referente ao local de origem da inscrição, ou seja, essas pessoas moram atualmente no Estado, mas não significa que elas irão concorrer a uma vaga aqui. Além disso, profissionais de outros estados podem optar por trabalhar em algum município de MS, o que também ampliaria a concorrência.
O prazo para seleção de local de interesse de trabalho se encerra na segunda-feira (5).
Conforme o Ministério da Saúde, dos 1.097 moradores de MS, 249 são médicos formados em instituições de ensino superior brasileiras ou com diploma revalidado no Brasil, com registro no Conselho Regional de Medicina (CRM).
Há também 749 inscritos que se enquadram no perfil 2, de médicos brasileiros com habilitação para exercício de medicina no exterior.
Por fim, há 99 médicos estrangeiros com habitação para exercício de medicina no exterior.
Em todo o Brasil, 34.070 médicos foram cadastrados no chamamento de vagas. O número de inscritos foi o maior já alcançado desde a criação da iniciativa, em 2013, durante o governo da presidenta Dilma Rousseff.
Em Mato Grosso do Sul, as vagas estão distribuídas em 31 municípios, distribuídas da seguinte forma:
Em Mato Grosso do Sul, as vagas foram distribuídas da seguinte forma:
- Alcinópolis - 1
- Angélica - 1
- Antonio João - 1
- Aquidauana - 1
- Bela Vista - 1
- Bonito - 2
- Brasilândia - 1
- Caarapó - 1
- Campo Grande - 8
- Cassilândia - 1
- Coronel Sapucaia - 1
- Corumbá - 1
- Costa Rica - 1
- Coxim - 1
- Dois Irmãos do Buriti - 2
- Dourados - 2
- Figueirão - 1
- Itaporã - 1
- Itaquiraí - 1
- Jardim - 1
- Ladário - 1
- Miranda - 1
- Mundo Novo - 2
- Nioaque - 2
- Nova Andradina - 4
- Paranhos - 1
- Pedro Gomes - 1
- Ponta Porã - 5
- Porto Murtinho - 1
- Rio Verde - 2
- Sete Quedas - 2
Dentre os 26 estados e o Distrito Federal, Mato Grosso do Sul é a 12ª unidade da federação com maior número de inscritos, atrás de São Paulo (4.074), Bahia (2.765), Paraná (2.670), Minas Gerais (2.639), Ceará (1.820), Pernambuco (1.636), Pará (1.432), Maranhão (1.419), Rondônia (1.407), Goiás (1.372) e Rio Grande do Sul (1.162).
Mais Médicos
O Programa Mais Médicos tem objetivo de ocupar vagas no Sistema Único de Saúde (SUS) para atendimento em Unidades Básicas de Saúde. A proposta é abrir outras 10 mil vagas até o final do ano, que terão contrapartida dos municípios.
O valor pago as profissionais será de R$ 12,8 mil, o mesmo que já é oferecido atualmente pelo programa. Os médicos ainda recebem auxílio-moradia.
Além disso, os profissionais vão receber incentivo para atuação em locais de difícil acesso, com percentuais que variam de acordo com a vulnerabilidade, dificuldade de fixação de médicos e porcentagem da população que depende unicamente do Sistema Único de Saúde (SUS).
O contrato de participação na iniciativa é de quatro anos, prorrogável pelo mesmo período. Ao todo, o investimento previsto pelo governo federal para este ano é de R$ 712 milhões.
Para atrair os profissionais brasileiros, o Ministério da Saúde e o da Educação firmaram parceria para incentivar os médicos formados pelo Financiamento ao Estudante do Ensino Superior que terão ajuda para quitar o Fies.
A expectativa é que a partir do dia 16 de junho seja divulgada a confirmação das vagas e dos locais escolhidos pelos candidatos, com começo da atuação dos médicos previsto para o fim do mês.
Os médicos brasileiros registrados no Brasil terão prioridade no preenchimento das vagas.
As vagas não ocupadas por médicos com registro no país serão preenchidas por brasileiros formados no exterior ou estrangeiros, que continuarão atuando com Registro do Ministério da Saúde (RMS).
O secretário de Atenção Primária à Saúde, Nésio Fernandes, afirma que o ciclo do programa agora é de quatro anos, com a primeira metade da atuação destinada à especialização com foco em habilidades e competências de Medicina de Família e Comunidade, e o segundo momento voltado para o mestrado profissional.