Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Quinta, 2 de Maio de 2024

Saúde

Saúde suplementar atende 654 mil em MS, 23% da população

Diferentemente do restante do País, no Estado, os adultos com idade entre 30 e 35 anos formam a maioria dos segurados pelos convênios médicos.

Correio do Estado

28 de Julho de 2023 - 10:35

Saúde suplementar atende 654 mil em MS, 23% da população

De acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Mato Grosso do Sul tem 654.584 mil pessoas que são clientes de alguma operadora de assistência médica, ou seja, 23,7% de toda a população do Estado.

O levantamento feito pela ANS ao Correio do Estado aponta ainda que as faixas etárias com o maior número de beneficiários de planos de saúde em MS são a de 35 a 39 anos, com 63.838 consumidores, e a de 40 a 44 anos, que soma 62.479 usuários.

Os números sul-mato-grossenses contrariam os do Brasil, que tem 7,2 milhões de idosos clientes de planos de saúde. Dessa forma, o País vem registrando um aumento nesse contexto, o qual, nos últimos 10 anos, é de 26,6%. Os dados revelam também que esse reforço na adesão de idosos aos planos de saúde é visto em todas as faixas etárias.

O grupo de pessoas de 70 a 74 anos aumentou 41,9%. Já aquele com 80 anos ou mais cresceu 33,5%, saltando de 955,5 mil em 2013 para 1,3 milhão no ano passado. A ANS relata ainda que o maior crescimento foi do público feminino, que corresponde a 59% da clientela.

No entanto, em Mato Grosso do Sul, o número de beneficiários começa a sofrer queda quando chega a faixa etária de pessoas idosas. De 55 a 59 anos são 34.438 adeptos, enquanto de 60 a 64 anos já cai para 28.112 usuários. Por sua vez, de 70 a 74 anos são 15.427 clientes.

Já a faixa etária com o menor número de clientes de convênios médicos em Mato Grosso do Sul é a das crianças com até 1 ano, que tem apenas 7.070 beneficiários. Na sequência estão os idosos de 75 a 79 anos, com 10.034 adeptos, e pessoas com 80 anos ou mais, com 12.176 clientes.

FINANCEIRO 

Os dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar apontam que as operadoras de planos de saúde do País estão apresentando um desequilíbrio econômico em relação à procura pelo atendimento e aos custos dos serviços. No ano passado, diversas empresas registraram um prejuízo operacional de R$ 11,5 bilhões. Já nos três primeiros meses, o deficit foi de R$ 1,7 bilhão.

Contudo, as operadoras de Mato Grosso do Sul fecharam 2022 com lucro de R$ 71,6 milhões, segundo a ANS. Mesmo assim, os gestores dos planos revelam que as dificuldades de equilíbrio financeiro persistem.
Em nota, a Unimed Campo Grande relata que “a saúde suplementar em todo o País tem enfrentado grandes desafios, especialmente após a pandemia de Covid-19, o chamado efeito rebote. Apesar das dificuldades, temos mantido o equilíbrio econômico-financeiro da operadora, sem perder de vista a excelência no atendimento”.

O gestor da Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems), Ricardo Ayache, informa que a Cassems teve o primeiro balanço negativo de sua história em 2021, quando fechou com um prejuízo operacional de R$ 37 milhões.

No ano passado, porém, o gestor confirma que houve uma “leve melhora”, quando a operadora fechou o ano com R$ 20 milhões positivos.

Entre as principais dificuldades relatadas por Ayache ao Correio do Estado está a sinistralidade, que ocorre quando os gastos com serviços de saúde superam as receitas dos convênios médicos. Desse modo, quanto mais os beneficiários utilizam os planos, com atendimentos médicos e exames, maior o prejuízo da operadora de saúde.

A ANS aponta que no Estado a taxa de sinistralidade em 2022 foi de 77,1%, enquanto a Cassems assegura que teve 82,18% de sinistralidade no ano passado. Só no primeiro trimestre, a instituição obteve uma taxa de 99,16%. No Brasil, o setor da saúde suplementar fechou 2022 com 87,25% de sinistralidade.

ODONTOLOGIA 

O levantamento da ANS também informa dados do setor odontológico em Mato Grosso do Sul. Atualmente, são 450.793 beneficiários de planos exclusivamente odontológicos no Estado.

As faixas etárias com maior número de adeptos são as mesmas dos planos de saúde, de indivíduos entre 35 e 39 anos, que correspondem a 42.683, e entre 40 e 44 anos, totalizando 44.549 de usuários.

As menores adesões são, mais uma vez, crianças de até 1 ano, com 1.790 clientes de planos odontológicos. Ainda, idosos entre 75 e 79 anos, que correspondem a 6.036 de beneficiários. Já pessoas com 80 anos ou mais totalizam 5.566 usuários.

Saúde suplementar atende 654 mil em MS, 23% da população