'Frescura' deve deixar presídio nesta quarta e será monitorado por tornozeleira eletrônica

O empresário Ueverton da Silva Macedo, conhecido como “Frescura”, deve ser liberado ainda nesta quarta-feira (1º) após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) conceder habeas corpus em seu favor. Em cumprimento à decisão, ele será monitorado por tornozeleira eletrônica durante 180 dias e terá de manter distância mínima de 100 metros da sede da Prefeitura de Sidrolândia, apontada como epicentro do escândalo investigado.

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Atualmente custodiado na Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira II, a “Federalzinha”, em Campo Grande, o empresário aguarda a escolta para ser levado à Central de Monitoramento, onde o equipamento será instalado. Segundo o advogado William Maksoud Machado, a liberação ocorrerá assim que for definido o deslocamento.

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Pelas determinações da Vara Criminal de Sidrolândia, “Frescura” terá de cumprir recolhimento domiciliar no período noturno, finais de semana e feriados, podendo sair apenas para trabalho ou estudo previamente autorizados. Após a instalação da tornozeleira, ele terá até 48 horas para informar o endereço domiciliar à Central de Monitoramento.

Condenações e histórico de prisões

O empresário foi preso preventivamente em 3 de abril de 2024, mas menos de um mês depois, em 26 de abril, o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) substituiu a prisão por medidas cautelares. No entanto, em 24 de outubro de 2024, ele voltou a ser detido preventivamente.

Em maio de 2025, foi condenado a 3 anos e 6 meses de reclusão e 11 dias-multa, em regime inicial semiaberto, por obstrução da Justiça. Três meses depois, em agosto de 2025, recebeu nova condenação: 37 anos, 10 meses e 8 dias de prisão em um dos processos da Operação Tromper.

Operação Tromper

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Deflagrada em 18 de maio de 2023 pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), a Operação Tromper apurou fraudes em licitações e desvio de verbas públicas da Prefeitura de Sidrolândia.

1ª fase (18/05/2023): alvo principal, empresários ligados aos contratos suspeitos.

2ª fase (21/07/2023): prisão de um vereador e de empresários.

3ª fase (03/04/2024): foco no então vereador licenciado de Campo Grande e ex-secretário de Finanças de Sidrolândia, Claudio Jordão da Serra Filho (Claudinho Serra), preso junto com o assessor Carmo Name Júnior. Serra ficou 23 dias detido e foi liberado com medidas cautelares.