Licitação da coleta de lixo prevê aumento de 168% no custo anual, amplia serviços nos distritos e altera preço por tonelada

A Prefeitura de Sidrolândia lançou uma licitação milionária, na modalidade pregão eletrônico, com valor anual estimado em R$ 11.903.412,90, para contratar os serviços de coleta de lixo doméstico (úmido e reciclável), entulhos e materiais volumosos, como galhos, folhas, roçada, varrição urbana e resíduos da construção.

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As empresas interessadas deverão apresentar suas propostas no próximo dia 7 de janeiro. Com base no orçamento de referência, o custo anual da coleta, atualmente em R$ 4.435.542,28, poderá sofrer um aumento de 168,34% caso o contrato seja firmado pelo valor máximo previsto no edital.

Desde 2013, a coleta de resíduos no município, até então restrita ao lixo domiciliar e à varrição, é executada pela empresa Morhena Coleta e Logística Ambiental. O novo edital amplia de forma significativa a gama de serviços e altera de maneira relevante o custo por tonelada, não só na  área urbana,  mas também nos distritos de Quebra Coco e Capão Seco, além da agrovila do Assentamento Capão Bonito.

Na zona urbana, a licitação projeta aumento de 41,64% no volume mensal de resíduos, que sobe de 710 para 1.005,65 toneladas. Com a elevação da quantidade coletada, o custo por tonelada cai de R$ 330,51 para R$ 278,65, uma redução de 15,69%.

Mesmo com a queda do valor unitário, o custo total aumenta. A despesa anual da coleta urbana passa de R$ 2,81 milhões para R$ 3,36 milhões, impulsionada pelo crescimento do volume de lixo previsto no contrato. Em cada bairro a coleta será feita pelo menos três vezes por semana.

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Nos distritos, o cenário é oposto. A ampliação da frequência da coleta, em alguns casos passando de uma para duas vezes por semana, vem acompanhada de expressivos aumentos no custo por tonelada e no valor total dos contratos.

No Quebra Coco, o custo por tonelada sobe de R$ 330,51 para R$ 567,04, uma alta de 71,86%, enquanto o volume mensal de lixo cresce 268,92%, passando de 14 para 51,51 toneladas. O custo anual do serviço aumenta 531,26%, saltando de R$ 55,5 mil para R$ 350,5 mil.

No Capão Seco, a duplicação da frequência semanal eleva o volume mensal de resíduos de 12 para 37,36 toneladas, crescimento de 213,33%. O custo por tonelada mais que dobra, passando de cerca de R$ 330,00 para R$ 811,08. Como resultado, o custo anual dispara 663,95%, chegando a R$ 363,6 mil. O aumento ocorre em uma região que registrou expansão urbana nos últimos quatro anos, com a implantação de ao menos 180 novas residências na agrovila do Assentamento Eldorado, no entroncamento das rodovias MS-258 e MS-455 (estrada da Gameleira).

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Já na agrovila do Assentamento Capão Bonito I, apesar da redução expressiva do custo por tonelada, que cai de R$ 3.966,12 para R$ 803,08, o gasto total cresce de forma acentuada em razão do aumento do volume coletado e da frequência da coleta. A quantidade mensal de lixo sobe de 12 para 37,36 toneladas, com duas coletas semanais. O custo anual aumenta 695,91%, passando de R$ 47.593,44 para R$ 360,8 mil.

Novos serviços ampliam impacto financeiro do contrato

O edital também incorpora serviços inéditos, como a coleta de resíduos da construção civil, galhos, roçada, raspagem e poda de árvores, com custo estimado de R$ 199,01 por tonelada, para um volume previsto de 1.873,99 toneladas por mês. O serviço vai custar ao contribuinte R$ 4.295.491,26 por ano, uma fatura mensal de R$ 357.957,60 (R$ 191,01 por tonelada).

Outra novidade é a coleta seletiva. A projeção é o recolhimento de 87,45 toneladas de lixo reciclável por mês, ao custo de R$ 52 591,79 por mês (R$ 651.101,48 valor anual). Atualmente, esse serviço é realizado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, com o material sendo destinado a recicladores que fazem a triagem antes da comercialização.