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SIDROLÂNDIA- MS

Parcerias reforçam orçamento nos assentamentos onde 52,33% tem renda per capita de R$ 706,00

Dependendo da produtividade e do preço do grão, o arrendamento garantiu uma renda anual de R$ 19 mil para o assentado.

Redação

22 de Dezembro de 2024 - 22:02

Parcerias reforçam orçamento nos assentamentos onde 52,33% tem renda per capita de R$ 706,00
Plantio de soja. Foto: Gerson Oliveira

A opção dos assentados pela soja plantando eles próprios ou em parceria com grandes produtores, rejeitada pelos movimentos sociais, tem ajudado a reforçar orçamento de centenas de famílias que não conseguem renda suficiente para sobreviver com a exploração econômica do lote, sobretudo os do Eldorado /Nazareth, onde as parcelas tem menos de 10 hectares. Dependendo da produtividade e do preço do grão, o arrendamento garantiu uma renda anual de R$ 19 mil para o assentado.

Conforme dados do Ministério do Desenvolvimento Social,  onde 52,33% dos assentados tem renda familiar R$ 1.765,00, menor que o salário médio dos trabalhadores rurais com carteira assinada (R$ 2.434,25). Dos 4.456 assentados, 2.332 estão no Cadunico e 726 recebem R$ 667,52 de benefício do bolsa família, porque a família tem renda per capita de até R$ 218,00.

As aposentadorias e o BCP (Benefício de Prestação Continuada), no valor de um salário mínimo, que aproximadamente mil assentados recebem, também ajudam na renda.

O casal Iracema Lima dos Santos 58 e Paulo Martins, 66 anos, há 8 anos trocaram as duas casas que tinham em Campo Grande pelo lote de 9,5 hectares no Eldorado FAF. Sem acesso as linhas de crédito da agricultura familiar e até transferir para seu nome o do marido a titularidade da conta de energia, não teve outra alternativa a não ser arrendar 8 hectares para o plantio de soja. Na área remanescente fica a casa e aproveitou para plantar 105 pés de acerola cuja produção vende para ser transformada em polpa.

Parcerias reforçam orçamento nos assentamentos onde 52,33% tem renda per capita de R$ 706,00

Jorge Paresi  é um dos pioneiros do Assentamento Capão Bonito, onde está desde 1998. Morou no Paraguai, acompanhando o pai que se tornou  brasiguaio para plantar café .

 Com o custo alto do plantio e a queda da cotação do grão , ao invés dos mais 200 hectares ( somando as áreas dos vizinhos parceiros), vai plantar 36 hectares de mandioca, que atualmente é a opção mais atrativa na região onde só um assentado, Joelino Texeira , tem um mandiocal de 600 hectares .